Apenas vigésimo colocado nos tempos combinados dos Testes de Sepang, realizados no último final de semana, Franco Morbidelli explicou melhor os problemas da equipe oficial Yamaha de MotoGP no atual momento. E não, não é o motor.
Embora tenha havido progresso em termos de desempenho do motor, com uma melhora de até 8 km/h em linha reta, a equipe de fábrica da Yamaha não conseguiu progredir em termos de voltas de classificação, especialmente no último dia, onde todos foram à caça de tempos. Ducati e Aprilia dominaram o cenário.
“Foram três dias agitados com muitos testes. O motor está melhor, estou feliz com isso. Testamos e analisamos as coisas muito a fundo para entender tudo”, disse o sempre sereno italiano de 28 anos, que terá uma temporada decisiva em 2023 para definir o seu futuro.
“O domingo teve um aspecto extremamente negativo: falta de tempo. Infelizmente, só consegui um ataque antes da chuva”, explicou Morbidelli. O dia foi marcado por pancadas de chuva. “No entanto, eu não poderia ter feito muito melhor com outra tentativa. Com pneus novos e tanque vazio, a Yamaha simplesmente não funciona em uma volta rápida“, revelou.
Se a velocidade em ritmo de classificação não apareceu, o mesmo não se pode dizer do ritmo de corrida: “não tive problemas com os pneus novos e com a configuração de corrida com tanque cheio”, intrigou-se o vice-campeão de 2020. “Mas acho que a equipe vai trabalhar nisso até Portimão. Sinto que o potencial da moto é maior, mas não podemos esquecer isso no momento”.
Fabio Quartararo, que também classificou o desempenho da M1 em ritmo de classificação com os pneus novos como “um desastre”, ficou em 17º no final do teste. A diferença entre os dois pilotos foi de apenas 54 milésimos e de pouco mais de um segundo para o líder, Luca Marini. O que também demonstra o nível de competitividade da atual MotoGP.