A Energica anunciou ontem (19) a saída da MotoE como fornecedora a partir de 2022. A fabricante italiana era a única responsável por abastecer todo o grid desde a fundação da categoria em 2019.
Com o modelo Ego Corsa, a Energica ganhou projeção mundial com a MotoE, não sem antes passar por enormes dificuldades no trabalho de desenvolvimento. Um dos momentos mais marcantes foi o incêndio em março de 2020 em Jerez. Entretanto, nenhum dos pilotos jamais teve qualquer falha mecânica em qualquer uma das corridas realizadas.
“Estamos extremamente felizes por ter fornecido nossa contribuição para fazer da MotoE o sucesso que é hoje“, disse Livia Cevolini, CEO da Energica. “Estamos confiantes de que nossa iniciativa e esforços geraram muito interesse dos grandes OEMs para seguir o caminho que iniciamos há uma década. Sendo pioneiros da mobilidade elétrica sobre duas rodas, abrimos o caminho para uma nova camada de motociclismo sustentável e empolgante e – como sempre fizemos – agora pretendemos nos testar com novos desafios. Gostaríamos de agradecer à Dorna Sports pela grande oportunidade de mostrar nossa tecnologia e estamos ansiosos para encerrar nossa jornada juntos em grande estilo.”
“As três primeiras temporadas deram um show incrível, apesar de todos os desafios externos imprevistos que nos foram lançados“, disse o diretor da categoria, Nicolas Goubert. “Desde o início, a Energica trouxe o seu know-how para a pista de uma forma que não poderíamos estar mais felizes, entregando um pacote que se revelou extremamente competitivo. Eu realmente gostaria de agradecê-los pela qualidade de seus produtos inovadores e seu envolvimento.“
Apesar de bem mais pesada, a Energica Ego Corsa foi capaz de alguns feitos notáveis, como atingir 260km/h na reta de Barcelona e registrar alguns tempos de volta próximos das outras categorias, apesar do limite de apenas 7 voltas por corrida. A expectativa é de que o campeonato continue em 2022 com outro fornecedor.