O efeito dominó em decorrência da situação da KTM já começou. Na última sexta-feira (13), uma empresa de fundição de metal, que fornecia peças para a marca austríaca, entrou com um pedido de falência.
Trata-se da Vöcklabrucker Metallgiesserei GmbH, empresa de fundição de alumínio que havia sido adquirida pela KTM Components GmbH em 1º de setembro, porque seus pedidos representaram metade de suas vendas, com os outros clientes representando a outra metade.
Mas a KTM contraiu em 2024 uma dívida de 1,8 bilhão de euros e há cerca de 130 mil unidades ainda em estoque nas concessionárias. Por isso, quando a produção foi interrompida, também na última sexta, uma parcela tão grande das vendas da Vöcklabrucker desapareceu na hora.
Como os custos operacionais não puderam mais ser cobertos, a única opção era pedir falência. Os salários de 103 trabalhadores, com vencimento em 15 de dezembro, não poderão ser pagos e um total de 134 funcionários perderão seus empregos.
De acordo com a imprensa alemã, os diretores executivos Fabian Steinbacher e Christian Pirimeyer disseram ter recebido dos CEOs da KTM, Stefan Pierer e Gottfried Neumeister, a promessa de liquidez para atender às necessidades contínuas durante a paralisação planejada da produção.
Várias empresas prestam serviços quase que exclusivamente para o grupo de Stefan Pierer, de modo que a falência da Vöcklabruck pode não ser a única. Outra conhecida marca é a White Power (WP), que fornece suspensões para as motos KTM, Husqvarna e GasGas.
O Pierer Mobility Group entrou com um pedido de insolvência no dia 30 de novembro. Isso significa que eles oficialmente não tem condições de saldar sua dívida e tem 90 dias para apresentar um plano de recuperação. A produção permanecerá interrompida até 2 de março de 2025.
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