Depois da China e da Índia, as Filipinas rapidamente estão se transformando em um grande polo industrial de motocicletas no sudeste asiático, abastecendo não apenas o mercado local, mas também o exterior.
Nos últimos dois anos, o arquipélago experimentou um boom significativo em sua indústria local de motocicletas e viu multinacionais do setor como KTM, Honda e Yamaha abrindo lojas e construindo fábricas no país. Foram mais de 2 milhões de unidades produzidas anualmente.
Isso foi feito para abastecer o mercado local, cada vez mais ávido por veículos de duas rodas, mas também para suprir as exportações. A Honda, por exemplo, já atingiu a marca de 5 milhões de unidades fabricadas e está levando parte da produção filipina para a Nova Zelândia a partir do segundo semestre desse ano.
Na Yamaha a situação não é muito diferente. Tendo recentemente inaugurado uma nova fábrica em Batangas, na ilha de Luzon, no extremo norte do país, a marca dos diapasões está agora produzindo o scooter NMAX 155 localmente. Mais de 1.000 empregos foram criados.
Mas a primeira a acreditar nas Filipinas foi a KTM. Desde 2017, a fabricante austríaca monta sua linha 200, 250 e 390cc em sua planta em Sta. Rosa, na província de Laguna. As Duke e Adventure 790 começaram esse ano e são as primeiras motocicletas de grande deslocamento a serem fabricadas em solo filipino.
Em um Fórum Econômico conduzido pelo Security Bank, o Departamento de Comércio e Indústria destacou um crescimento impressionante de 22% em janeiro de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
“Acho que, a longo prazo, as Filipinas têm um bom potencial”, disse o secretário de Comércio e Indústria das Filipinas, Ramon M. Lopez. “Cingapura e Vietnã está atingindo o ponto de saturação e é por isso que estamos pressionando para que as Filipinas também sejam o local alternativo para esses tipos de operações de alta tecnologia”, completou.
A explicação por trás disso é a necessidade cada vez maior das marcas em segurar seus preços ao mesmo tempo em que expandem sua área de atuação, se beneficiando dos custos de mão de obra mais acessíveis de países como Tailândia, Indonésia e Vietnã.
A terceirização da produção para esses países fornece centenas, senão milhares de empregos e, portanto, impulsiona a economia local por uma margem considerável. Relatórios sugerem que as Filipinas são um centro emergente de fabricação de motocicletas na região e devemos ouvir falar mais deles nos próximos anos.