A Federação Italiana de Motocicilismo emitiu um comunicado afirmando que, a partir de agora não emitirá mais licenças oficiais para pilotos do país competirem no Troféu Turista da Ilha de Man e outras corridas de estrada. O que fizerem não mais receberão a apólice de seguro em caso de acidente.
A decisão foi tomada, em parte em resposta à morte de Dario Cecconi, de 38 anos, durante a Tandragee 100 no ano passado. A nova cláusula incluída na licença para competir exclui expressamente qualquer tipo de corrida na estrada, incluindo os famosos IOMTT e GP de Macau.
“[…] seguindo a nova apólice de seguro estipulada pela Unipol, a participação em eventos de velocidade no exterior, mesmo que seja codificada nos calendários internacionais da FMI e FIM, estão excluídos da cobertura de acidentes“, disseram em seu comunicado. “É por isso que não serão mais emitidas autorizações para participar desses eventos, com uma licença FIM italiana emitida pelo FMI“.
Isso não quer dizer que os pilotos italianos estejam banidos das corridas de estrada. Aqueles que o fizerem, no entanto, estarão por sua própria conta e risco: “Os pilotos que continuem a participar desses eventos serão, portanto, obrigados a obter, de forma independente, o certificado de participação emitido pelo organizador local, sabendo que, em nenhuma circunstância a Federação Italiana poderá ser responsabilizada pelas consequências da sua participação no evento“, garantem.
Não é a primeira vez que uma entidade toma decisão semelhante em relação às corridas de estrada. A Federação Espanhola de Motociclismo fez o mesmo em decorrência da morte de Santiago Herrero no TT de 1970. É por isso que não vemos muitos pilotos do país ibérico nessas provas. Resta saber se o mesmo vai acontecer na Itália.