A fabricante de motocicletas elétricas Energica entrou com pedido de falência. Uma das maiores e mais conhecidas marcas do ramo, a Energica desenvolveu e produziu motos elétricas de corrida para a MotoE entre 2019 e 2022.
A decisão foi tomada em reunião do conselho em 14 de outubro, citando um “declínio no segmento e na cadeia de abastecimento”, além de uma “crise no mercado elétrico e um declínio nos investimentos neste setor” como razões vitais para os problemas financeiros.
“Apesar dos esforços ativos e extensos da administração na procura de novos investidores, com o objetivo de manter a continuidade dos interesses dos credores, tornou-se claro nos últimos tempos que esta opção já não é viável. Isto deixa a empresa sem outra escolha senão entrar em processo de falência, o que permitiria um possível reembolso aos credores dos recursos provenientes da liquidação“, disseram.
Fundada em Modena em 2014, a Energica floresceu sob as asas do CRP, grupo industrial italiano da família Cevolini. Mas em 2022, a empresa americana de investimentos Ideanomics adquiriu 70% das ações da Energica deixando a família Cevolini com os outros 30%.
Os números de vendas continuaram a aumentar e novos modelos foram desenvolvidos, mas a procura por motocicletas eléctricas nunca aumentou o suficiente para limitar as perdas iniciais. Na Itália, a imprensa está responsabilizando a falência à Ideanomics.
A Ideanomics é uma empresa envolvida anteriormente em vídeo sob demanda e, mais tarde, em negociação de petróleo. Mas, atualmente, o foco da empresa é promover a conversão para veículos elétricos. Segundo o conhecido site Revzilla, eles têm uma história instável.