Fabio Quartararo foi sincero sobre o que pensa sobre a grande novidade da MotoGP para 2023: as corridas curtas de sábado ou Sprint Races. E o campeão de 2021 não tem boas coisas a dizer.
Realizada pela primeira vez no GP de Portugal, no último sábado (25), a Sprint Race foi como o previsto: agitada e acidentada. Partindo da 11º posição, Com problemas na embreagem, Quartararo largou mal e precisou realizar uma corrida de recuperação em meio a diversas escaramuças.
“Não gosto nada da Sprint Race. Não me surpreende que tenha sido uma corrida agressiva. Fui o último na largada por causa da embreagem“, revelou Quartararo. “Seria melhor para a segurança se fizéssemos 25 voltas duas vezes em vez de doze voltas no sábado. Seria fisicamente difícil, ok. Mas em 25 voltas você teria mais tempo. Se você perder três posições no sprint, está ferrado.“
A decisão de incluir a Sprint Race foi feita no ano passado entre a FIM e a Dorna – sem consultar os pilotos. O objetivo com ela é entreter mais o público pagante nas arquibancadas durante o sábado eliminando, assim, o monótono quarto treino livre (FP4).
“O que devemos fazer – quem decide tudo isso? Não temos o poder [de decisão]“, lamenta Quartararo. “No final, não faz sentido. Eu não quero reclamar. Mas é sobre segurança. Toquei em Alex [Márquez] algumas vezes no final da corrida. Todos vão brigar muito [por posições] nas próximas e isso é perigoso!“
O GP de Portugal foi preocupantemente acidentado. Pol Espargaró (GasGas) caiu violentamente no FP2. Enea Bastianini (Ducati) fraturou um osso do ombro em um choque com Luca Marini (VR46) na Sprint Race. O italiano está fora do GP da Argentina e é dúvida para os EUA.
Na corrida principal, o acidente causado por Marc Márquez (Honda) que derrubou o ídolo local, Miguel Oliveira (RNF Aprilia) dominou os noticiários mais do que a vitória de Pecco Bagnaia (Ducati). Vários outros pilotos saíram da pista sem gravidade. Apenas 18 correrão na Argentina.