Depois da repercussão causada por suas palavras, Carmelo Ezpeleta, chefe da Dorna, a empresa que controla a MotoGP voltou atrás e explicou melhor a situação com a Kawasaki, que alegadamente havia pedido uma participação curinga (Wild Card) na MotoGP.
Na entrevista divulgada duas semanas atrás, Ezpeleta havia afirmado que a Kawasaki havia pedido uma participação curinga com seu modelo Ninja ZX-10RR. Agora, o espanhol recuou um pouco e disse que a situação não foi bem assim.
“A Kawasaki nunca solicitou oficialmente uma participação curinga na MotoGP. Através da equipe, recebemos a pergunta se seria possível para a Kawasaki ou para qualquer outra fábrica fazê-lo“, explicou Ezpeleta ao Gpone.
“O regulamento indica que essas participações estão disponíveis apenas para as fábricas do campeonato. Se a Kawasaki ou qualquer outra marca que não esteja na MotoGP quiser participar poderá fazê-lo, seguindo as regras e por meio de uma equipe independente. existente“, completou.
A Kawasaki competiu na MotoGP oficialmente entre 2003 e 2008 com o seu próprio protótipo, ZX-RR. No entanto, o período foi difícil para a marca verde, que teve apenas três segundos lugares como melhores resultados em cinco anos.
Em 2010, eles foram para o Mundial de Superbike, onde passaram a competir com sua conhecida Ninja ZX-10RR. No campeonato de motos de rua, o sucesso foi muitíssimo maior tendo já conquistado os títulos de 2013, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Apesar disso, a Kawasaki demonstra, às vezes, interesse em medir forças com a MotoGP. Em sessões de teste no circuito de Jerez, em 2015 e 2017, os pilotos da marca japonesa mostraram velocidade suficiente para entrar entre os dez primeiros em uma hipotética corrida em conjunto.