Em uma recente entrevista, Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, a empresa que promove e gerencia a MotoGP, admitiu as seguidas tentativas de compra, embora eles próprios não tenham feito nenhum anúncio.
Ezpeleta, de 77 anos, foi entrevistado pelo jornal “Repubblica” onde revelou que seguidamente recebe ligações de bancos falando sobre rumores de venda. A Dorna assumiu o comando do Mundial de Motociclismo em 1992, ainda no tempo das 500cc.
“Confirmo os rumores de venda, mas gostaria de saber quem os espalha: todos os dias, recebo dois ou três telefonemas de instituições que me perguntam se é verdade que estamos à venda. Mas os bancos não querem comprar, apenas se apresentam como intermediários na operação“, contou Ezpeleta.
Atualmente, cerca de 20% da Dorna Sports é dividida entre diversas empresas e a família Ezpeleta; 40% vêm do Grupo Bridgepoint, uma empresa britânica de investimento privado. Os outros 40% ficam com um fundo de investimento em aposentadorias canadense.
“Podemos ceder ou continuar, nada está decidido, mas gostamos do produto”, enfatizou Ezleleta. E acha que vai ficar ainda melhor em 2024: “Marc Márquez na Ducati vai tornar o campeonato mais equilibrado do que nunca. A Dorna está pronta para continuar com os mesmos acionistas ou abandoná-la se assim o desejarem.”
Em 2022, o volume de negócios da Dorna Sports atingiu os 425 milhões de euros, um aumento de 33% em relação ao ano anterior. No entanto, a dívida financeira líquida também atingiu o seu maior patamar em quatro anos, 906 milhões de euros. Os dividendos são distribuídos entre os acionistas.
De acordo com os especialistas, distribuir os dividendos entre os acionistas antes de uma liquidação é uma prática padrão. Sem falar que a Bridgepoint, que adquiriu parte da Dorna em 2006, tem suas últimas operações datando de quatro anos atrás. Indícios que podem ter iniciado os rumores de venda.