Estão surgindo rumores de que a Suzuki poderia voltar a participar do World Superbike a partir de 2018. A motivação é confrontar a nova GSX-R 1000 com suas rivais diretas.
No próximo ano, a Suzuki finalmente irá disponibilizar a nova geração de sua superbike nas concessionárias e as primeiras equipes a utilizá-la nas pistas são a Suzuki Endurance Racing Team (SERT), Yoshimura MotoAmerica e o Yoshimura Team que compete nas 8 Horas de Suzuka.
A quarta equipe a revelar maquinário Suzuki para 2017 é a Hawk Racing, que compete no campeonato britânico (British Superbike). Eles estão trocando uma parceria de sucesso com a BMW, onde quase conquistaram o título de 2014 com Ryuichi Kiyonari, para contar com apoio direto da fábrica de Hamamatsu.
“O que a Suzuki fez na MotoGP em tão pouco tempo é impressionante e há muita tecnologia que vem da MotoGP para a nova GSX-R1000“, disse o chefe da equipe, Stuart Hicken. “Nós nos encontramos com o líder do projeto, eles fizeram um trabalho inacreditável com a nova moto, e estamos confiantes de colocá-la na frente“, acredita.
Anunciada em 2015 e apresentada em 2016, a nova GSX-R 1000 possui profundos avanços no motor (agora com tecnologia de válvulas variáveis), eletrônica (possuindo unidade de medição inercial) e aerodinâmica. Boa parte dos progressos foram conseguidos graças à MotoGP, onde até venceram uma corrida esse ano, em Silverstone.
No entanto, apesar de ser mais conhecida, a MotoGP utiliza protótipos que não são disponibilizados para o grande público. Já o World Superbike é de vital importância para as montadoras, porque promove nas pistas o confronto direto entre seus produtos à venda nas concessionárias.
Foi partindo dessa lógica que a Kawasaki trocou a MotoGP pelo World Superbike em 2009. Mais recentemente, a Honda aumentou a sua participação no campeonato e a Yamaha retornou esse ano, com uma equipe oficial e os pilotos Sylvain Guintoli e Alex Lowes.
A temporada 2017 será das mais interessantes, porque a Honda irá disponibilizar a recém-lançada CBR1000RR Fireblade para seu time enfrentar diretamente a líder Kawasaki ZX-10R, Yamaha YZF-R1 e Ducati 1199 Panigale R, todas atualizadas. Só está faltando a Suzuki entre as grandes fabricantes.
Depois de conquistar um único título com Troy Corser em 2005, a Suzuki retirou-se do World Superbike em 2015 para focar-se na MotoGP. Agora, no entanto, com uma nova motocicleta – e todos os rivais a espera – os japoneses tem um excelente motivo para voltar.