A Yamaha convidou jornalistas da Europa e Estados Unidos para conhecerem pessoalmente a nova YZF-R6, apresentada em outubro do ano passado. Aproveitando a ocasião, a marca dos diapasões divulgou, pela primeira vez, dados de desempenho do novo modelo, que se revelou menos potente e ligeiramente mais pesado que o anterior.
A nova geração da superbike média desenvolve 116,8 cv a 14.500 rpm com um torque máximo de 6,29 kgf.m a 10.500 rotações. São números inferiores à R6 anterior, que oferecia 131,8 cv de potência máxima, com 6,69 ‘quilos’ de torque nas mesmas rotações. Também é menos do que a Kawasaki Ninja ZX-6R (132,8 cv) e Suzuki GSX-R 600 (126,7 cv).
Mas porque a R6 2017 está menos potente? A resposta é muito simples. Leis antipoluição. A partir de 2017, elas ficaram mais rígidas, tanto na Europa, Estados Unidos e Brasil, o que obrigou a Yamaha a mexer no motor e aumentar o tamanho do catalisador, para homologá-la nesses mercados. E, no momento, é a única superbike média a obedecer a nova legislação, o que quer dizer que as outras fabricantes também terão de se adequar em breve.
Quanto ao peso, as especificações revelam que a nova R6 pesa exatos 190 quilos, totalmente abastecida e com todos os fluídos. É um quilo a mais que a R6 oferecida até o ano passado. Mas não entremos em pânico! O que poderia ser uma má notícia, na verdade é uma coisa boa.
Considerando-se que a nova R6 é muito mais recheada de aparatos eletrônicos (Centralina avançada, ABS, Controle de Tração, Quickshifter) e contém as mesmas bengalas dianteiras KYB de 43 milímetros e as mesmas pinças de freio Nissin de quatro pistões utilizadas por sua irmã YZF-R1, logo chega-se a conclusão que a Yamaha fez um bom trabalho.
Isso foi conseguido graças à um novo subchassi de magnésio mais estreio e a um quadro, braço oscilante e tanque de combustível de alumínio. Por isso a Yamaha garante que, apesar dos números, a nova YZF-R6 é muito mais eficaz do que a antiga. Eles também divulgaram o preço: 15.849 euros (R$ 52.972 reais sem impostos).