O presidente da BMW Motorrad, Marcus Flasch confirmou a vontade dos alemães de ingressar na MotoGP quando o regulamento mudar em 2027. No entanto, a condição que eles estabeleceram é vencer primeiro no WorldSBK.
O diário alemão Speedweek conversou com Flasch nos últimos dias, um executivo que gosta de corridas e especialmente de MotoGP, ao contrário dos seus antecessores. Para ele, o novo regulamento, que entrará em vigor em 2027, é um bom momento para entrar.
“Quando todos começam do zero, é hora de entrar”, disse Flasch. “Mas até lá temos que ter sucesso com o que fazemos“, referindo-se ao WorldSBK, que voltaram a competir de forma oficial a partir de 2019, mas só esse ano estão pela primeira vez entre os primeiros graças a Toprak Razgatlioglu.
“Para mim não há como ser promovido sem ter sucesso”, enfatiza Flasch. “Isso está fora de questão para mim, foi o que disse à minha equipe desde o primeiro dia: o sucesso é uma obrigação no WorldSBK. Podemos nos preparar ao mesmo tempo, mas só tomarei uma decisão se tivermos sucesso.“
A BMW flerta com a MotoGP desde a sua reformulação em 2002. Em 2006 eles chegaram a testar um protótipo, com motor derivado de F1. A fabricante bávara acabou não entrando, mas os esforços resultaram na primeira geração da S1000RR.
“Estamos olhando para isso estrategicamente. Então temos que avaliar isso com muita sobriedade; definitivamente não será uma decisão apaixonada da minha parte”, garante Flasch. “Esta será uma decisão sóbria e amplamente apoiada. Cada grande decisão como esta é amplamente apoiada numa empresa como a BMW, e a preparação deve ser feita cuidadosamente e justificada.”
Flasch também quer garantir a continuidade do projeto, caso a resposta seja positiva. “Se tudo isso fizer sentido, então você terá estabilidade no longo prazo, porque depois de mim outra pessoa será o chefe da BMW Motorrad. Por isso ainda não posso adiantar nada de concreto, estamos iniciando a avaliação.”
Quanto à MotoGP, espaço é o que não falta. O chefe da Dorna, Ezpeleta, disse repetidamente que os dois lugares deixados pela Suzuki só serão atribuídos novamente quando uma fábrica adicional de motos se juntar. Não seria exagero dizer que o novo regulamento foi pensado para atrair a BMW.