A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) divulgou os números de emplacamentos no Brasil em 2024. O setor de duas rodas encerrou o ano com outro impressionante aumento de 18,6% em relação à 2023.
O setor, que já vem em franco crescimento desde a pandemia, encerrou 2024 com 1.875.903 veículos de duas rodas emplacados, o que inclui motocicletas, scooters e motocicliclos. Trata-se da alta mais expressiva de todas, já que os carros ficaram com 13,2%, caminhões 17,4% e ônibus 12,4%.
Para se ter uma ideia do crescimento, de janeiro a dezembro de 2023 foram emplacadas 1.581.527 motocicletas, ao passo que em 2022 haviam sido 1.362.183. Uma demonstração de que os veículos de duas rodas parecem estar ganhando a preferência em mobilidade.
Entre as fabricantes, a Honda mais uma vez foi o grande nome na liderança, a única capaz de emplacar mais de 1 milhão de veículos de duas rodas em 2024. No entanto, a sua participação no mercado diminuiu um pouco e agora está em 68,2%.
Isso se deve à entrada de novos players nos últimos anos, como a chinesa Shineray, que avançou para a terceira posição (atrás da Yamaha), Haojue na quinta e as indianas Royal Enfield (7ª posição) e Bajaj Auto (10ª posição), que em dois anos de mercado, registrou um aumento de 180%!
Isso fica bem claro ao olharmos os segmentos framentados. Nos modelos para uso na cidade, a linha Honda CG160 continua imperando, com mais de 428 mil unidades emplacadas. Nas Trail/Fun, domínio da Bros 160 (155.055) e nas scooter/cub, da Biz (278.350).
Porém, nos segmentos de menor apelo popular, outros modelos ganham destaque, como a Royal Enfield Hunter 350, que assumiu a liderança do segmento custom com mais 5.000 unidades emplacadas. A presença da Yamaha aparece com a MT-03 entre as naked e com a R3/R15 nas esportivas.
Entre as maxitrail, a Honda CB500X (5.033 emplacamentos) roubou a liderança da BMW R1250GS (3.509). Mas o modelo alemão foi substituído em meados do ano pela R1300GS (2.329), que ficou em quinto lugar. Se formos considerar as duas juntas, ainda estaria na frente.
São resultados que colocam o ano de 2024 com o terceiro melhor desempenho desde toda a série histórica avaliada pela FENABRAVE e ficou, aproximadamente, apenas 64 mil unidades abaixo do recorde estabelecido em 2011.
Para o novo Presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, os resultados (como um todo) superaram às perspectivas do início do ano: “Não fossem os problemas com a seca e falta de alguns produtos, os dados seriam ainda melhores”, avalia.