A Suzuki apresentou hoje (7) no Salão de Milão a GSX-S1000 GX, versão crossover da conhecida GSX-S1000 que chega para brigar espaço com Kawasaki Versys 1000 e Yamaha Tracer 9 GT+.
Flagrada em testes durante o mês de junho, a Suzuki GSX-S1000 GX era um dos lançamentos mais aguardados do Salão de Milão, pois expande ainda mais a linha com o amado motor de quatro cilindros em linha derivado da GSX-R1000, reconhecido por sua força, robustez e baixa manutenção.
Mesmo não sendo nada novo (sua primeira versão surgiu na GSX-R1000 em 2005) esse motor de 999 cm³ foi completamente atualizado para atender aos limites de emissões de poluentes do Euro5+ sem perder nenhum de seus 150 cv a 11.000 rpm e 106 Nm de torque a 9.250 giros.
Mas foco da GSX-1000 GX é o trabalho feito na ciclística e suspensão. Para alcançar a postura mais alta, a Suzuki fez muito mais do que simplesmente esticar as molas ajustáveis manualmente da GSX-S1000 GT, a versão Gran Turismo da motocicleta lançada há dois anos.
Intitulado elegantemente como “Suzuki Advanced Electronic Suspension (SAES)”, as suspensões dianteiras e traseiras Showa ajustam-se automaticamente em tempo real para corresponder às condições de condução. Essa é a primeira Suzuki com suspensão semi-ativa.
A Suzuki ainda não comunicou o curso da suspensão, mas como a distância ao solo da GSX-S1000 GX é 15 milímetros maior que os 140 milímetros da GSX-S1000 GT, podemos assumir elementos de mola correspondentemente mais longos. A altura do assento é 845 mm.
Rodas e pneus permanecem as mesmas da GSX-S1000 GT, ou seja, 120/70ZR17 na frente e 190/55ZR17 na traseira. Nem pense em sair do asfalto. Também não pense em acelerar feito doido: A GX atinge velocidade máxima de 215 km/h, enquanto os modelos S e GT chegam a 240 km/h.
Apesar da estrutura mais alta e de mais equipamentos, a GSX-S1000 GX pesa 232 quilos, 6 kg a menos que a GSX-S 1000 GT e, graças ao novo subquadro traseiro, pode até carregar 10 quilos a mais. O tanque de combustível comporta 19 litros. O conjunto óptico dianteiro é todo novo.
O para-brisa é regulável manualmente em três estágios. O guidão é 50 mm mais largo do que na GT e fica fica 55 mm mais próximo do condutor. O assento tem uma espuma 15 mm mais grossa e as pedaleiras são emborrachadas para aumentar o conforto.
Uma IMU de seis eixos inerciais controla a suspensão eletrônica e outras ajudas, como três modos de condução, controle de tração, anti-wheelie e controle de freio-motor, chamado aqui de “Roll Torque Control”. Também está presente um controle de cruzeiro convencional.
A Suzuki disse que até estudou colocar o controle de cruzeiro adaptativo, baseado em radares, mas eles preferiram desistir dessa ideia porque o preço da motocicleta iria aumentar demais. A boa e velha Suzuki, sempre pensando no custo-benefício.
Você também encontrará um moderno painel de TFT colorido com 6,5 polegadas, que pode ser conectado a um smartphone. Dispositivos auxiliares, como um GPS, também podem ser conectados a uma prática tomada USB à esquerda da tela.
A nova Suzuki GSX-S1000GX chega às concessionárias europeias nos próximos meses em três opções de cores, azul/cinza, preto/cinza e verde/cinza. O preço gira em torno dos 18 mil euros. É bem provável que a J.Toledo a traga para cá, mas deve demorar um pouco.