Um dos assuntos no GP de Aragão de MotoGP, nesse fim de semana, é a alegada venda da equipe Tech3, hoje ligada à KTM. E o comprador poderia ser Günther Steiner, ex-chefe da equipe Haas de Fórmula 1.
Steiner se desligou da equipe americana de Fórmula 1 em janeiro de 2024 após uma década e tem sido convidado no paddock de MotoGP diversas vezes nos últimos tempos, principalmente depois que a Liberty Media fechou o negócio de compra da categoria.
Do seu lado, Poncharal, que fundou a equipe Tech3 há 36 anos, é um dos dirigentes independentes mais antigos do paddock. Além de décadas de envolvimento em todas as categorias, o francês também liderou a associação de equipes (a IRTA) por 20 anos.
Coincidentemente, há poucos dias, Poncharal entregou o cargo de presidente da IRTA ao proprietário da equipe LCR, Lucio Cecchinello. É claro que algo está acontecendo nos bastidores, por isso os alemães do diário Speedweek resolveram ir atrás.
“Desde que foi confirmado que a Liberty Media seria a acionista majoritária da MotoGP, cada vez mais conexões foram criadas entre as redes de Fórmula 1 e MotoGP. É óbvio, porque é aqui que surgirão futuros interesses comuns e oportunidades de negócios. Portanto, é normal que as pessoas estejam conversando, e não apenas comigo. É um tópico de discussão em todo o paddock“, disse Poncharal.
“Não é segredo que também conversei com Günther Steiner. Trata-se de construir um entendimento comum para o futuro — e pode ser benéfico para ambos os lados se conectarem. Em situações tão complexas, é natural pensar no futuro”, continuou o francês de 68 anos.
“Há várias opções para a equipe e para mim. Quanto ao meu futuro pessoal, estou em forma, motivado e ainda interessado em ter um emprego. Não estou aqui para tomar café. Trata-se de tornar uma estrutura estabelecida, juntamente com nossos funcionários, adequada para uma nova era da MotoGP.”
Em outras palavras, Poncharal pode agora estar abrindo mão da responsabilidade geral. Mas isso não deve acontecer até o término de 2026, quando encerra-se o contrato da Tech3 com a KTM, que todos sabemos, atravessa problemas financeiros e uma mudança de gestão. Ainda assim, o dirigente garante que uma mudança de fabricante não está nos planos.
“A Tech3 tem um contrato com a KTM até o final de 2026, e nossa prioridade é continuar a colaboração. Todo o resto não está em discussão hoje. Não há discussões com nenhuma outra fabricante”, garantiu. A equipe foi satélite da Yamaha até a temporada 2019.