Os próximos cinco anos serão emocionantes para os fãs da Ducati. De acordo com o seu chefe, Claudio Domenicali, nada menos do que 29 novos modelos serão lançados nesse período, muitos em novos segmentos de mercado e alguns com motores V4.
A revelação estonteante foi conseguida pelos britânicos do Motorcycle News, que conversaram com Domenicali, empresário e piloto tido como o grande responsável pelo enorme crescimento visto pela Ducati nos últimos anos.
“Vamos lançar 29 novas motos nos próximos cinco anos“, disse Domenicali ao MCN. “Continuaremos a desenvolver novas versões dos produtos existentes, mas também entraremos em segmentos nos quais não estamos atualmente. Como parte disso, vamos explorar o motor V4 em diferentes plataformas“, adiantou.
Nesse mês, as últimas unidades da Ducati 1299 Panigale R Final Edition chegaram às principais concessionárias da marca encerrando uma era. A partir de agora, os esforços da marca serão em popularizar o motor V4. Domenicali se mostrou surpreso com o desempenho conseguido pela Panigale V4 R, classificando-a como a moto mais avançada já feita.
“Foi um exercício difícil de manter a mesma potência com a capacidade reduzida (de 1100 para 1000cc), mas o motor respondeu prontamente às melhorias que fizemos, de modo que no final encontramos até um pouco mais (de potência) do que esperávamos. De muitas maneiras é a moto mais avançada que já desenvolvemos“, garante.
“Quando você pega uma V4 R e a coloca em corridas, você tem asas melhores, melhor eletrônica e melhor suspensão do que uma máquina de MotoGP“, continua. “Você tem ABS em curvas, o que não é permitido em uma MotoGP. Muitos pilotos perdem a frente na MotoGP, mas com o nosso ABS não haveria um único acidente“, garante.
Por fim, apesar do crescimento pelo interesse nas motocicletas elétricas na Europa, Domenicali garante que esse tipo de veículo não é uma prioridade para a Ducati, a menos que as regras e leis os obriguem a ir nessa direção.
“As motos elétricas são fascinantes, mas a tecnologia é o que é; você não pode enganar produtos químicos. Agora, você remove 15 kg de gasolina, mas substitui por 150 kg de bateria“, compara. “Se houver um regulamento para fazer motos elétricas em cinco anos, faremos, mas será uma moto pior do que a que podemos fazer agora“.