A Audi AG, controladora da Ducati, divulgou hoje (7) os resultados comerciais do primeiro semestre de 2020 e como se esperava, os números não são nada bons. Queda de 24,2% nas vendas da marca italiana, graças ao Coronavírus.
Foram 24.032 motocicletas entregues no primeiro semestre de 2020, contra 31.722 nos seis primeiros meses de 2019, resultado do fechamento da fábrica por seis semanas e do severo lockdown imposto na Itália, no resto da Europa e nos EUA.
O relatório não é detalhado individualmente por motocicletas, mas por segmentos. E o que teve as vendas mais expressivas foi o “Naked/Sport Cruiser”, na qual se enquadram os modelos Diavel, Monster, Streetfighter, com 7.409 unidades vendidas (8.042 em 2019).
O segmento Dual/Hyper (Hypermotard, Multistrada) ficou em segundo lugar com 6.496 (10.501 em 2019) seguido do Sport (SuperSport, Panigale) com 5.397 (6.213) e Scrambler, que com apenas 4.730 motos vendidas observou a maior queda (6.966).
Em termos financeiros, a Ducati gerou uma receita de 331 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, contra € 435 milhões no mesmo período do ano passado. A diminuição também é atribuível aos efeitos da pandemia de coronavírus.
Desde que as restrições foram aliviadas, no entanto, o mercado começou a responder novamente, especialmente em junho, que viu vendas 9,8% maiores do que no mesmo mês de 2019. O fenômeno também foi observado na BMW.
Os resultados foram considerados aceitáveis devido às circunstâncias. A Ducati conseguiu manter as atenções graças à chegada das novas Panigale V2 e Streetfighter V4 aos revendedores, assim como o lançamento da Superleggera V4 e das novas Scrambler 1100 Pro e Sports Pro.
Apesar disso, mudanças já foram encaminhadas a fim de otimizar o setor de marketing e a presença online nesse período em que as pessoas estão mais em casa. A mesma estratégia já foi divulgada pela Harley-Davidson.
À medida que mais relatórios semestrais chegam, continuamos a ver a tendência de que a indústria global de motocicletas perdeu cerca de 1/4 de presença durante o período, apesar do crescimento em alguns setores específicos, como o motocross. O final da segunda metade do ano deverá oferecer o panorama completo.