Lucas Carioli A Ducati apresentou ontem (28) a linha 2025 da Streetfighter V4 que ganhou uma aerodinâmica atualizada, um chassi retrabalhado e ainda mais potência, ficando praticamente igual à sua irmã Panigale V4.
Ressaltando ainda mais a influência da Panigale V4 na qual deriva, a Ducati optou por usar o mesmo motor Desmosedici Stradale de 1.103 cm³ sem nenhuma modificação profunda para conter ou suavizar a sua enorme potência, como normalmente acontece em uma naked.
Foi feito um ajuste sutil no design da admissão para otimizar a entrega de potência em toda a faixa de rotação e, pela primeira vez, ela também conta com tubos de admissão de comprimento variável, o que supostamente melhora tanto o desempenho máximo quanto a dirigibilidade.
O motor também compartilha o alternador e a bomba de óleo com a Panigale V4R e recebe o tambor de engrenagens da Superleggera V4. Isso resultou em uma potência declarada de 214 cv a 13.500 rpm (seis a mais que antes e dois a menos que a Panigale V4) e 88 lb.ft de torque a 11.250 rpm.
O chassi, que também é quase que totalmente derivado da Panigale, está com um design totalmente novo, aproximadamente 1 kg mais leve que seu antecessor. O quadro e o braço oscilante oferecem mais elasticidade do que antes, melhorando o feedback do piloto e aumentando a tração.
Na suspensão, a Streetfighter V4 básica vem com garfos Showa Big Piston manualmente ajustáveis e amortecedor Sachs. Já a versão S vem com componentes Öhlins NIX30/TTX36 de ajuste eletrônico. Os discos de 330 mm e 245 mm são agarrados por pinças Brembo Monoblock Hypure.
Para conter todo esse desempenho, a Ducati aprimorou ainda mais a eletrônica, com quatro modos de pilotagem, controle de wheelie, controle de tração, controle de deslizamento, controle de largada, ABS em curvas e um quickshifter bidirecional, tudo visualizado no painel TFT de 6,9 polegadas.
Além disso, há o Ducati Vehicle Observer (DVO), um sistema que se baseia em um algoritmo preditivo que estima com precisão a quantidade de intervenção eletrônica necessária, assim como o Race eCBS, um sistema de frenagem combinado para imitar as técnicas usadas por pilotos profissionais.
O guidão e os pedais foram reposicionados para aumentar o conforto em longas distâncias sem sacrificar a esportividade. O espaço entre o assento e o tanque de combustível de 16 litros está maior para facilitar a vida de pilotos mais altos e oferece maior apoio em frenagens e curvas.
Apesar da falta de carenagem, a motocicleta ainda utiliza asas para gerar 17 kg de downforce a 270 km/h – isso se você conseguir segurar o pescoço nessa velocidade. A Ducati também adicionou defletores internos para canalizar o ar quente do motorzão para longe das pernas do piloto.
O modelo básico Streetfighter V4, que vem com rodas fundidas e bateria convencional de chumbo, começa seus preços nos EUA em US$ 23.395. Já a Streetfighter V4S, que além da suspensão eletrônica, vem com rodas forjadas e uma bateria de lítio, vai ser vendida inicialmente a US$ 29.295.
