A Harley-Davidson surgiu, nos últimos dias, como uma potencial compradora da Ducati. A marca italiana tem tudo para ser vendida pelo Grupo Volkswagen, em crise devido ao escândalo das fraudes nas emissões de poluentes em 2015.
Quem fez essa afirmação foi a prestigiada agência Reuters, que veiculou a marca de Milwaukee à compra da Ducati por fontes não identificadas, com um preço de compra fixado de 1,5 bilhões de euros, segundo uma avaliação da Goldman Sachs.
A princípio parece estranho, mas faz sentido. A Harley-Davidson já mostrou que se interessa por marcas italianas, tendo sido proprietária da MV Agusta entre 2008 e 2010, antes de vendê-la para Giovanni Castiglioni.
Segundo o Asphalt and Rubber, quem está arquitetando a venda da Ducati é o banco de investimento Evercore, afirmando ainda que já existem outros interessados, como a BMW Motorrad, Honda e Suzuki, além da ex-proprietária Investindustrial. O preço, no entanto já teria afastado a Hero MotoCorp, TVS Motors e Royal Enfield.
Adquirida pelo Grupo Volkswagen por 860 milhões de euros em 2012, a Ducati vive, desde então, o período de maior sucesso lucrativo de sua história. Entretanto, os alemães adquiriram uma enorme dívida graças ao escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes, que veio a público em 2015.
A investigação feita pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e pelo conselho de emissões da Califórnia (CARB), apontou que um software instalado na central eletrônica dos carros alterava as emissões de poluentes quando submetidos à vistorias. Os prejuízos com processos e indenizações chegam a 15 bilhões de euros.