O diretor esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti disse que a decisão sobre quem vai correr na equipe oficial, Jorge Martin ou Enea Bastianini, sai no final de agosto. O dirigente garante que ambos vão ter o mesmo equipamento.
Ciabatti não teme que a decisão possa levar a uma pressão adicional – e negativa – sobre os pilotos envolvidos, ambos de 24 anos. Na equipe oficial, Pecco Bagnaia tem contrato até o fim de 2024 e as últimas semanas tem sido gastas para definir os últimos detalhes da renovação de Johann Zarco, na satélite Pramac.
“Decidiremos no final de agosto quem será o companheiro de equipe de Pecco na equipe de fábrica. O outro piloto, Enea ou Jorge, vai pilotar ao lado de Johann Zarco na Pramac. Ambos sabem que serão pilotos de fábrica no próximo ano. Eles têm contrato para o próximo ano, têm o pacote técnico de um piloto de fábrica e também têm o salário de um piloto de fábrica – independentemente da equipe em que estarão“, explicou Ciabatti.
“Se um piloto sabe que vai ser pago como um piloto de fábrica e que vai ter material de fábrica, então não acho que tenha qualquer impacto sobre ele não saber se vai correr pela Ducati ou Pramac. Porque, como eu disse, o futuro está garantido”, acha Ciabatti. “Se um piloto não tem certeza se tem contrato para o próximo ano ou não, isso pode criar uma pressão extra. Mas não é o caso de Jorge ou Enea. Pelo menos é assim que eu vejo.”
Bastianini entrou na briga pela vaga graças à excelentes performances na Avintia – onde superou Luca Marini com facilidade no ano passado e na Gresini esse ano, onde já conquistou três improváveis vitórias. E tudo isso com uma Ducati cliente, conforme explicou Ciabatti.
“Temos um contrato com a Gresini para 2022 e 2023, que prevê motos do ano anterior – em um certo nível de desenvolvimento que corresponde aproximadamente ao das motos de fábrica. Então congelamos a especificação, também porque temos que encomendar as peças“, confirmou o Diretor Esportivo.
Se os pilotos da Ducati podem ficar tranquilos, o mesmo não se pode dizer de Miguel Oliviera. Com a Gresini aparentemente fechada com Fabio Di Giannantonio e Alex Márquez e a Repsol-Honda acordada com Joan Mir, o português tem apenas duas opções: RNF Aprilia ou voltar à Tech3 KTM, onde esteve em 2019 e 2020.