A Ducati voltou às suas raízes essa semana com o anúncio de um novo motor monocilíndrico, o primeiro da marca em 30 anos. Chamado de “Superquadro Mono”, o motor de 659 cm³ é considerado o monocilíndrico de estrada mais potente e de maior rotação já produzido.
O Superquadro Mono utiliza o mesmo pistão de 116 mm do V-twin da Panigale 1299 e combina-o com um curso apenas 1,6 mm mais longo que a superbike, de 62,4 mm. Isto lhe confere dimensões extremamente quadradas e indutoras de rotação, daí a origem do nome “Superquadro”, que significa super quadrado em italiano.
A Ducati fez o virabrequim do novo Superquadro Mono de uma forma interessante. Ele é projetado de forma assimétrica e montado em 2 rolamentos principais de tamanhos diferentes para economizar peso, afirma a Ducati. Não se sabe a eficácia das medidas, mas visualmente isso tem um formato incomum.
O motor também contém outras peças da Panigale 1299, como as válvulas de titânio, câmara de combustão – e controle de temporização desmo, mas os 80% restantes são totalmente novos. Tudo resultou em 76,4 cv a 9.750 rpm, potência que pode chegar a 84,5 cv a 9.500 rpm com um escapamento de competição Termignoni. A taxa de compressão é bem alta, 13,1:1.
O torque máximo é de 6,3 kgf.m a 8.000 rpm, mas melhor do que isso, eles dizem que 70% já está disponível a meros 3.000 rpm, com 80% na sua mão direita de 4.250 rpm até a linha vermelha, em 10.250 rpm. Impressionante para um motor de curso tão curto.
Embora os motores de apenas um cilindro façam parte de sua história desde os primórdios, a Ducati não produzia um monocilíndrico desde 1993 com a Supermono 550, que utilizava um cilindro horizontal e o comando desmodrômico para atingir 75 cv a 10.000 rpm.
Claudio Domenicali, CEO da Ducati, foi o líder do projeto na Supermono, por isso tinha mais do que um grande interesse e deu sinal verde para o desenvolvimento do projeto. Embora as motos equipadas com o motor ainda não tenham sido anunciadas, fotos de espiões vistas em setembro sugerem que será uma nova Hypermotard.