A Ducati anunciou ontem (23) o balanço de 2018 com uma boa e uma má notícia. A boa é que as vendas da Panigale V4 superaram – e muito – as expectativas. A má é que a marca caiu 5% em relação a 2017 interrompendo um período de oito anos de crescimento ininterrupto.
Exatamente 53.004 motocicletas foram vendidas contra 55.871 em 2017. Os sinais de que 2018 não seria veria um novo recorde de vendas já podia ser sentido durante todo o ano passado. Apesar disso, essa foi a quarta vez consecutiva que os italianos venderam mais de cinquenta mil unidades anuais.
A maior retração foi sentida nos Estados Unidos, com as vendas caindo -9% naquele que era até então o maior mercado da Ducati. Este agora passa a ser a Itália, com 9 mil unidades (4,5%), Espanha com 2.444 (8%), Suíça, 1.276 (2,2%), Japão, 1.191 (2%) e um impressionante crescimento na China que chegou a 23%.
Por falar em crescimento, a linha Panigale apresentou sucesso absoluto. Nada menos do que 9.700 unidades foram vendidas em 2018 e 6.100 delas eram Panigale V4, o que é impressionante considerando-se o preço premium do modelo.
Foi suficiente para que a Ducati ficasse com o título de “melhor marca de superbike do mundo”, com um aumento de 70% em relação aos valores de 2017. Eles agora contam com uma fatia de mercado de 26% no segmento superbike, o que significa que cerca de uma em cada quatro superesportivas vendidas em todo o mundo é Ducati.
A linha Multistrada também teve um bom desempenho, com 11.829 unidades vendidas em 2018. Segundo a marca italiana, 6.569 desses modelos eram da nova 1260, um aumento de 25% na categoria Big Trail acima de 1200cc.
“Para enfrentar novos desafios de mercado estamos trabalhando para tornar nossa rede de vendas mais eficiente do que nunca“, disse Francesco Milicia, diretor global de vendas da Ducati. “Para 2019 lançamos nove novos modelos que nos permitem olhar para o futuro com confiança“.