A Ducati aproveitou o GP de San Marino de MotoGP (na Itália) para apresentar no último fim de semana, versões mais esportivas da Multistrada V4 e Diavel V4, que contam com diversos detalhes exclusivos em relação à suas versões mais convencionais.

Ambas são impulsionadas pela mesma ‘usina’, o motor Desmosedici Stradale de 1.103 cm³, porém com acertos diferentes: na Multistrada V4 RS, ele rende 177,5 cv a 13.500 rpm, com a Ducati optando por relações de transmissão final mais curtas para uma aceleração ainda mais potente do que a versão Pikes Peak.
O motor é completado com uma nova embreagem seca STM-EVO e um sistema de escapamento Akrapovič, o que reduziu o peso em ordem de marcha para 211 kg – novamente uma melhoria em relação à versão Pikes Peak, que carregava 3 kg a mais.
Apesar da linha Panigale ter recentemente adotado o braço oscilante convencional de dois braços, a Multistrada V4 RS manteve o braço oscilante de apenas um lado, deixando à mostra a belíssima roda traseira Marchesini de alumínio forjado de 17 polegadas, calçadas em pneus Pirelli Diablo Supercorsa IV.
O chassi monobloco conta agora com um subchassi traseiro de titânio 2,5 kg mais leve que o anterior de aço que, assim como a bateria de lítio, também colaborou para a redução de peso. Um par de discos de 330 mm e pinças monobloco Brembo Stylema na dianteira dão conta da frenagem, com ABS em curvas da Bosch.
Como sempre, a Multistrada tem recursos eletrônicos de ponta, como cinco modos de pilotagem, quatro configurações de suspensão e quatro modos de potência. É a única Multistrada a incluir a opção “Full Power”, que libera todos os 177,5 cv em todas as marchas, acompanhada de um mapa de aceleração mais agressivo.
Pensando pelo lado do conforto e da segurança, ela também vem com Controle de Cruzeiro Adaptativo assistido por radar, Detecção de Ponto Cego e Alerta de Colisão Frontal, todos controlados por meio de um painel TFT de 6,5 polegadas, com gráficos exclusivos da versão.
Aumentando ainda mais a exclusividade da versão, cada unidade será numerada individualmente, com o número do chassi exibido em uma placa de alumínio fixada no guidão para todo proprietário se orgulhar a cada saída. As motos devem chegar às concessionárias europeias a partir de novembro
Diavel V4 RS

Ao mesmo tempo, a Ducati apresentou a Diavel V4 RS, versão mais potente da motocicleta já lançada, com 180 cv a 11.750 rpm (12 cv a mais que o Granturismo V4 padrão da Diavel) e 12,3 kgf.m a 9.500 rpm, o mesmo acerto de motor encontrado na Panigale V4.
De acordo com a fabricante italiana, a nova Diavel V4 RS acelerou de 0 a 100 km/h em apenas 2,5 segundos nas mãos do octacampeão da MotoGP Marc Márquez — um marco que a Ducati diz ter sido alcançado anteriormente apenas por seu protótipo de corrida.
Diferindo da Multistrada, o motor da Diavel ganhou engrenagens revisadas para uma aceleração mais forte nas relações mais baixas, e um limite de giros mais alto, 13.500 rpm em todas as marchas, com a primeira barra de rotação aumentando para 14.000 rpm.
Esse motor é acoplado a uma caixa de câmbio de seis velocidades por meio de uma embreagem seca STM EVO, feita de alumínio e que incorpora um deslizador para reduções de marcha mais suaves e maior durabilidade. A moto também ganha o mais recente quickshifter da Ducati.
O peso foi reduzido em 3 kg (223 kg no total), graças do uso extensivo de fibra de carbono, ponteiras de escapamento de titânio e uma bateria de lítio. A suspensão é totalmente ajustável por unidades Öhlins, com garfos NIX30 de 48 mm na dianteira e amortecedor STX46 na traseira.
A frenagem é feita por um par de discos de 330 mm e pinças monobloco Brembo Stylema na dianteira, e um disco de 265 mm com pinça flutuante na traseira. Os pneus são os mesmos da Multistrada, os Pirelli Diablo Supercorsa IV, com o traseiro nas medidas 240/45-17, o maior utilizado pela marca.
A Diavel RS também vem repleta de recursos de assistência ao piloto, como ABS em curvas, controle de tração, controle de empinada e três modos de potência selecionáveis – com uma configuração de potência reduzida de 112 cv para pilotar em condições de baixa aderência. Há ainda quatro modos de pilotagem disponíveis.
A moto conta com o mais recente sistema de controle de largada da Ducati, permitindo que os pilotos controlem a entrega de torque durante as arrancadas. Todas as informações são exibidas em um painel TFT com gráficos dedicados. No modo Race, um layout de “pista” no estilo Panigale é usado.
As entregas na Europa começarão em dezembro de 2025, seguidas pelos EUA e outros mercados globais a partir de janeiro de 2026. É provavel que elas apareçam por aqui, já que a Ducati do Brasil costuma dar preferência para os modelos mais exclusivos da marca.









