Apesar das diversas novidades em novos segmentos de mercado, a Ducati não esqueceu suas raízes esportivas. Hoje (16), a marca apresentou uma Panigale média inteiramente nova, a 959.
A superbike chega com a missão de substituir a antiga 899, depois de apenas dois anos de vendas. O motivo foi a adequação às novas normas de emissões de poluentes (Euro4), que passarão a vigorar na Europa a partir de 2016. A Ducati preferiu desenvolver uma moto inteiramente nova a apenas remodelar o modelo existente.
O motor, por exemplo, é inteiramente novo, o primeiro do tipo ‘Superquadro’, feito já pensando no Euro4. Seus 955 cm³ rendem 157 cv ao passo que a antiga 899 fazia 148 cv. Graças aos 57cc extras (e à um curso de pistão mais longo), o pico de torque também foi melhorado para 10,94 kgf.m.
Outras mudanças internas incluíram um virabrequim redesenhado, com um sistema de lubrificação revisto na árvore de manivelas. Novas bielas também foram concebidas, enquanto a taxa de compressão manteve-se inalterada. A busca foi a redução de atrito, melhorando, ao mesmo tempo, a emissão de poluentes e a performance e os ruídos.
Os corpos do acelerador agora são ovais, acompanhados por injetores de combustível individuais, um acima e outro abaixo da borboleta, controlados de forma independente pelo sistema “ride-by-wire” do acelerador.
A embreagem tem uma inovação para um motor da família Superquadro, com o sistema “auto servo”, que reduz o esforço necessário para operar a embreagem. Esse mesmo mecanismo também funciona em sentido inverso como embreagem deslizante, para evitar o travamento da roda traseira.
A carenagem ficou mais ampla, com um pára-brisas mais largo e alto, além de entradas de ar com maior diâmetro. O assento foi redesenhado ficando similar ao da Panigale 1299, assim como os espelhos e dutos. Assim como a irmã maior, o chassi é di tipo monocoque. A balança ficou quatro milímetros mais curta.
Na parte eletrônica, a 959 recebeu um “pacote de ajudas” ao piloto, que incluem modos de pilotagem, ABS, controle de tração (ambos ajustáveis em vários níveis) para atender aos mais variados proprietários e às condições da pista.
O painel inteiramente em LCD digital é todo em preto e branco brilhante e exibe, além das funções normais, o modo de pilotagem utilizado, o nível do ABS, configurações de controle de tração e controle de frenagem do motor, velocidade, marcha engatada, cronômetro, velocidade máxima e RPM.
Para quem pretende utilizar a moto em pistas de corrida, a Ducati preparou também o “Ducati Data Analyser”. Disponível como opcional, é um banco de dados do tipo “plug and play” que pode ser usado para armazenar e analisar o desempenho da moto em termos de tempos de volta, posição do acelerador, velocidade e muito mais. As cores disponíveis são vermelha e branca.