Andrea Dovizioso aproveitou os testes coletivos de Misano essa semana para ganhar ritmo e experiência com a Yamaha M1, que deve pilotar até o final do próximo ano. O italiano reconheceu que ficar 10 meses fora das pistas afetou seu desempenho.
Após sete anos defendendo as cores da Ducati, Dovizioso se viu sem uma oportunidade competitiva para a temporada 2021 decidindo tirar um ano sabático. Nesse período, o piloto de 35 anos apenas realizou alguns testes com a Aprilia, o que admite não ter sido suficiente.
“Estar desempregado por 10 meses é muito perceptível, especialmente quando você tem que se esforçar ao máximo para fazer certas coisas“, explicou o sempre analítico Dovizioso, após os testes. “Quando você é um piloto de MotoGP, com base nas voltas dá, você adquire certas coisas sem perceber. Sim, fiz alguns testes com a Aprilia, mas um fim de semana de corrida é muito diferente“.
Dovizioso participou de três das quatro sessões disponíveis completando um total de 130 voltas, a melhor delas em 1min32s665, cerca de quatro décimos mais rápido do que o tempo anotado no Q1 do GP de San Marino, no último sabado (18). Para o italiano, no entanto, o mais importante, é recuperar o ritmo e acompanhar o pelotão.
“Foram dois dias muito importantes e positivos. Já consegui fazer muitos quilômetros, testei vários componentes, embora, no fundo, o importante pra mim era continuar entendendo a moto e ver suas reações“, explicou. “Tudo correu muito bem. Quando segui o [Fabio] Quartararo, percebi que tinha que refazer todas as minhas linhas, mudar o foco em cada circuito. É bom já saber, porque assim Já sei onde trabalhar. Tenho que continuar a me adaptar, estou conseguindo aos poucos, ainda estou atrasado na qualificação, mas não sou mais o último e posso manter um ritmo aceitável. O primeiro O objetivo é igualar a velocidade do grupo, depois trabalharemos nos detalhes.“
Dovizioso tem um pequeno desafio pela frente, o GP dos Estados Unidos no Circuito das Américas, no próximo dia 3 de outubro. A pista Austin, com 5.513 metros e 20 curvas é considerada muito difícil pelos pilotos. “É um circuito muito exigente“, confirma Dovi. “Penso que a pista é boa para a Yamaha, mas não tenho experiência para ter a certeza disso.“