A ausência de corridas devido à pandemia do coronavírus já ameaça financeiramente as equipes privadas de MotoGP, Moto2 e Moto3, que dependem delas para sobreviver. Por isso, a Dorna, entidade que regulamenta e promove o certame já está tentando encontrar uma solução que permita sua sobrevivência nos próximos meses.
De acordo com Hervé Poncharal, presidente da associação de equipes (IRTA), as equipes já estão com dificuldades de manter a folha de pagamento dos funcionários e pilotos. “Todas as equipes privadas estão analisando como podem enfrentar essa difícil situação econômica“, disse ao Speedweek. “Porque um dia correremos novamente e, se a maioria das equipes falir, não haverá corridas de MotoGP sem essas equipes“.
O francês, que também é o proprietário da equipe Tech3, que compete na MotoGP e Moto2 revelou que o chefe da Dorna, Carmelo Ezpeleta está trabalhando na questão: “Ele está entendendo muito bem essa situação. Na verdade, ele já vem conversando com os proprietários da Bridgepoint Capital“, fundo de investimentos que hoje possui 40% das ações da Dorna.
Uma equipe do campeonato recebe dinheiro de diversas fontes. A Dorna cede cerca de 2,2 milhões de euros por piloto para cada time. Os patrocinadores entregam quantias significativas de dinheiro, geralmente parceladas ao longo do ano. Ainda há participação nos direitos televisivos e merchandising, além de bônus extras por pontuação, subsídios e outras atividades que estão paralisadas com a falta de corridas.
“Estamos conversando e negociando com a Dorna. Temos que calcular a quantia mínima necessária para as equipes sobreviverem até que a temporada comece novamente“, afirmou Poncharal. “Estamos conversando para ver se a Dorna pode atender aos nossos requisitos mínimos em consulta com todas as equipes. Estamos trabalhando nisso. Todas as equipes estão muito preocupadas, mas ao mesmo tempo estamos temos a sorte de discutir tudo isso com alguém tão compreensivo quanto Carmelo“, elogiou o francês.