O caso de doping com Andrea Iannone segue a todo vapor. Agora, a imprensa italiana afirma que a substância encontrada em sua urina é um anabolizante bastante comum entre fisiculturistas.
De acordo com o conhecido jornal italiano La Gazzeta Dello Sport, a substância em questão seria a drostanolona, um anabolizante injetável que nasceu originalmente como tratamento para o câncer de mama nos anos 1970.
Atualmente o anabolizante também é muito utilizado por entusiastas do fisiculturismo, porque aumenta a massa muscular magra e melhora o rendimento em competições. É a mesma substância flagrada no teste antidoping positivo de Anderson Silva em 2015.
A defesa de Andrea Iannone já entrou em ação e garante que seu cliente nunca injetou drostanolona. Para eles, existe a possibilidade de o piloto de ter consumido carne tratada com anabolizantes durante o Grande Prêmio da Malásia, ocasião em que foi submetido ao teste antidoping.
A equipe jurídica já solicitou uma contra-análise, também coletada na Malásia. O processo está sendo supervisionado pelo advogado Antonio De Rensis, que por sua vez contratou o professor Alberto Salomone, da Universidade de Turim para atuar como consultor e especialista no caso.
“Já fizemos o pedido de uma contranálise, agora temos que respeitar o prazo“, disse De Rensis. “O resultado sai em 7 de janeiro, no mesmo laboratório credenciado pela WADA [Agência Internacional Antidopagem] em Dresden, onde eles fizeram a primeira análise“.
De Rensis e Salomone viajarão para a Alemanha naquele dia para ver em primeira mão os resultados da amostra B. “Só então saberemos o valor e a quantidade da substância detectada, essencial para toda essa dinâmica. Até então, precisamos de prudência e precaução“, disso o advogado.
Enquanto isso não resta à Iannone outra alternativa senão esperar. Se o resultado for semelhante à primeira análise, o piloto de 30 anos segue suspenso por, no mínimo, 18 meses e terá que entrar em uma disputa jurídica para provar sua inocência, primeiro no Tribunal Disciplinar da FIM e depois, em caso de suspensão, no Tribunal de Arbitragem do Esporte (TAS).