Andrea Iannone e seus representantes se encontraram ontem (4) com os juízes da Comissão Disciplinar Internacional da FIM para analisar o seu caso de doping. O resultado, no entanto, pode levar outros dez dias até ser divulgado.
Na audiência de quatro horas realizada em Mies, na Suíça, os advogados de Iannone forneceram uma amostra de cabelo analisada por um laboratório de Turim que demonstra a ausência de qualquer tipo de anabolizante no corpo do piloto desde setembro do ano passado.
O teste é semelhante àqueles conduzidos pela Polícia do Estado italiana em investigações de crimes violentos ou roubos. Assim, os advogados de Iannone tentam provar que a alegada presença de drostanolona é resultado de contaminação de alimentos durante a estadia do piloto na Malásia, possivelmente ao consumir carne.
Os três juízes presentes no tribunal aceitaram a apresentação dessas evidências. Agora é a promotoria (formada por representantes da FIM) que tem cinco dias para analisar esses dados e decidir se mantêm a suspensão de Iannone ou a rejeitam. No caso de avanço, os advogados do piloto terão mais cinco dias adicionais para preparar o próximo julgamento.
Iannone teve a sua licença de pilotagem suspensa em 17 de dezembro, após um teste antidoping realizado após o GP da Malásia (em novembro) dar positivo. O piloto e seus representantes solicitaram uma “amostra B” em janeiro que confirmou a presença de drostanolona, um anabolizante utilizado por fisiculturistas.
Desse modo, Iannone definitivamente irá perder os primeiros testes pré-temporada de 2020, que começam na próxima sexta-feira (7) em Sepang, na Malásia. A Aprilia já confirmou a participação com os pilotos Aleix Espargaró, Bradley Smith e Lorenzo Savadori.