O presidente-executivo da Ducati, Claudio Domenicali comentou sobre a situação atual do World Superbike, que atravessa uma crise competitiva e existencial. O italiano acha que o certame precisa se distanciar da MotoGP e mirar os entusiastas do motociclismo.
Domenicali conversou com os britânicos do Motorcycle News e explicou que a MotoGP e o World Superbike ficaram muito parecidas conceitualmente depois que a categoria rainha passou a utilizar motos de quatro tempos em 2002.
“A partir de 2002 a MotoGP passou a ser de quatro tempos e então eles começaram a se tornar campeonatos muito mais similares do que eram antes. O World Superbike, a partir desse ponto, está tentando encontrar o seu próprio lugar, se tornando muito mais stock. Há 15 anos, havia muito mais liberdade nas motos, mas era muito mais caro.” (Claudio Domenicali)
Para Domenicali, o Mundial de Superbikes precisa procurar o entusiasta do motociclismo, enquanto que a MotoGP mira um público menos engajado e mais informal. O executivo ainda aponta que a situação atual é resultado de os dois campeonatos serem administrados pela mesma empresa, a Dorna.
“Agora você também tem os mesmos organizadores nos dois campeonatos. Não tenho certeza se é possível voltar o relógio 15 anos. Eu acho que o WSBK tem que ser para o verdadeiro entusiasta e a MotoGP é mais para pessoas que não sabem muito sobre motocicletas. Gostaria de ver mais fabricantes e mais fabricantes sendo competitivos.”
A Ducati é a montadora mais bem sucedida da história do World Superbike, com nada menos do que 14 títulos em 29 anos de história. Entretanto, a última conquista foi em 2011 com Carlos Checa e sua 1098R. Entretanto, a marca de Borgo Panigale permanece comprometida e já está desenvolvendo um modelo com motor V4 para ser utilizado a partir de 2019.
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