Ainda hospitalizado com a perna direita quebrada em Mugello, Alex Rins tentou passar uma mensagem positiva a Honda, que atravessa a sua pior fase na MotoGP. O espanhol, vencedor do GP dos EUA, garante que a moto não é tão ruim.
Rins (LCR-Honda) fraturou a tíbia e fíbula da perna direita após uma queda na Sprint Race do GP da Itália em Mugello. O espanhol passou pela segunda cirurgia na última quinta-feira (22) e acompanhou as três últimas etapas do quarto de um hospital em Madri, na Espanha.
“É complicado, é claro que quem conduz o poleiro são as europeias, Ducati, KTM e Aprilia. Parece que as japonesas ficaram para trás. Elas têm de fazer alguma coisa porque tanto a Honda como a Yamaha têm nível, não são marcas pequenas”, ponderou Rins em declarações ao jornalista Manuel Pecino.
“Eles [a Honda] estavam muito confiantes nessa melhora, no chassi [Kalex]”, o que não vem se confirmando. “Mas também digo você, eu venho de uma Suzuki para uma Honda e a moto não é tão ruim. Em muitos circuitos, depois de seis anos com a Suzuki e tendo-a em mãos, fui mais rápido com a Honda do que com a Suzuki. O problema é que os outros deram mais passos adiante”, garante.
Rins, inclusive, venceu uma corrida esse ano, o GP dos EUA, no Circuito Das Américas, que adora. O espanhol achava que Marc Márquez faria o mesmo no GP da Alemanha: “Caramba, pensei que o Marc também ia ganhar na Alemanha. Não sei o que aconteceu, não faço ideia. Ele tem um talento que assusta e não está sendo fácil. Quando entras num círculo negativo, é difícil sair, mas tens de ser positivo.“
Sobre sua própria condição, Rins afirma que tentará voltar no GP da Inglaterra, em agosto, mas será bem difícil. “Tive problemas de síndrome compartimental, precisamos esperar que a perna desinchasse e a cirurgia foi brutal, durou 7 horas. A radiografia do tornozelo mostra que terei total mobilidade, mas não sei exatamente quando“, revelou Rins. “Espero estar em Silverstone, mas acho que não”.