O Rali Dakar é, sem dúvida, um dos maiores desafios já organizados pelo homem. A edição 2017 contará com 168 bravos aventureiros, apenas entre as motos. No entanto, apenas um punhado deles tem condições de se sair bem. Conheça aqui os principais.
10 – Marcelo Medeiros (Yamaha)
Embora não esteja competindo na classe motos e sim entre os quadriciclos, o maranhense Marcelo Medeiros é a grande esperança brasileira de vitórias no Dakar 2017, graças a uma impressionante aparição em 2016 onde mesmo sendo um estreante foi uma das grandes revelações.
Na última edição, Medeiros andou sempre entre os primeiros (chegando a assumir a segunda posição da classificação geral), antes de quebrar a clavícula e abandonar na temida quinta etapa, entre Jujuy (Argentina) e Uyuni (Bolívia), a 4.580 metros acima do nível do mar.
Mas se ainda é um novato no Dakar, Medeiros já é experiente e conceituado no cenário Off-Road nacional, conquistando dois títulos no dificílimo Rali dos Sertões (2012 e 2015). Com um modelo Yamaha Raptor 700, o mais competitivo da classe, o piloto de 27 anos possui reais chances de vencer na classe, o que seria inédito para o Brasil.
09 – Pablo Quintanilla (Husqvarna)
Pablo Quintanilla não é apenas o chileno mais veloz do Dakar. É o sul-americano com maior destaque, posto que deve permanecer consigo em 2017, já que Kevin Benavides infelizmente não estará presente, devido à lesões.
Competindo com uma Husqvarna, Quintanilla foi o piloto mais regular da edição 2016 conquistando uma brilhante vitória na última etapa. O bom momento se prolongou ao longo do ano, quando foi campeão do mundo Cross Country, após chegar em terceiro no Rali Do Marrocos.
Agora, com 30 anos recém-completados e a motivação nas alturas, Quintanilla chegará à Assunção (Paraguai) com tudo na mão para fazer ainda mais bonito em 2017. Se você gosta de torcer apenas por sul-americanos, esse é o cara!
08 – Sam Sunderland (KTM)
Grande esperança britânica, Sam Sunderland tem ao seu favor o fato de competir com o apoio irrestrito da KTM. Mas desde que começou a disputar o Dakar, em 2012, uma série de contratempos ou lesões forçaram-no ou a abandonar ou não participar.
Dessa vez, no entanto, tudo parece estar correndo nos conformes para que o britânico radicado em Dubai possa, enfim, brilhar definitivamente. Os ingleses dizem que Sunderland possui tanto talento quanto seu companheiro de equipe, Toby Price.
07 – Adrien Van Beveren (Yamaha)
A Yamaha não tem uma presença tão forte no Dakar como KTM ou Honda, mas eles planejam mudar isso nos próximos anos. E um dos trunfos da marca dos diapasões é a contratação do promissor Adrien Van Beveren, de apenas 25 anos.
Oriundo do motocross, Van Beveren, é especialista em corridas de areia e realizou, na última edição, a sua primeira participação no Dakar concluindo-o em um espantoso quarto lugar. E isso não é nada para o holandês, que já confessou sonhar em vencer como… Stéphane Peterhansel. Ambição é o que não falta!
06 – Helder Rodrigues (Yamaha)
Depois da desistência de Cyril Després, que foi disputar a prova com carros, Helder Rodrigues se transformou no principal nome da Yamaha no Rali Dakar, equipe que passou a defender em 2015, vindo da Honda.
Em 2016. Rodrigues começou de forma discreta, mas foi melhorando muito ao longo do Rali, a ponto de vencer a 12º etapa e encerrar a edição em um ótimo quinto lugar. Se conseguir ser veloz desde o início vai incomodar os favoritos, sem dúvida.
05 – Paulo Gonçalves (Honda)
Portugal sempre vem à América do Sul com um excelente contingente de pilotos, capitaneado por Paulo Gonçalves. Aos 37 anos, irá realizar a sua 11º participação sendo, portanto, um dos pilotos mais experientes do Dakar na atualidade.
Defendendo as cores da Honda, Gonçalves faz quase tudo o que o seu companheiro de equipe Joan Barreda, porém com mais calma e constância, tanto que em 2015 finalizou o Rali no pódio. Em 2016 estava competitivo novamente até uma dura queda o deixar para trás. Com um pouco mais de sorte, pode chegar lá.
04 – Stefan Svitko (Slovnaft Rally)
Você pode não ter percebido, mas o segundo colocado no Dakar 2016 foi Stefan Svitko. Apesar de ter tido muita má sorte durante a maratona, o eslovaco encerrou sua participação a apenas 40 minutos de Toby Price, um tempo relativamente pequeno. Em algumas ocasiões as distâncias ultrapassam várias horas.
Poucos também se deram conta que nas últimas cinco participações, Svitko finalizou três vezes entre os cinco primeiros. E isso sem apoio oficial de fábrica. A edição 2017 será a sétima participação do tricampeão europeu de Enduro no Dakar (começou em 2010) e, com um pouco mais de sorte, poderá ser a melhor.
03 – Matthias Walkner (KTM)
Ex-piloto de Motocross (campeão mundial da classe MX3 em 2013), Matthias Walkner é mais uma jovem promessa da KTM e estará disputando, em 2017, apenas a sua terceira participação no Dakar.
Seu grande objetivo a partir da largada em Assunção será o de terminar a corrida, o que ainda não conseguiu. Em 2016, o austríaco vinha em uma ótima terceira posição geral, quando uma queda no sexto estágio o mandou de volta para casa com um fêmur quebrado.
02 – Joan Barreda (Honda)
Desde que a Honda decidiu retornar ao Dakar de forma oficial, em 2014, Joan Barreda é o piloto principal. E com merecimento, pois pode ser considerado um dos mais velozes da competição. Tanto é que, atualmente, ninguém tem tantas vitórias em estágios do que ele.
Tão veloz que isso o atrapalhou muito em 2016, sendo penalizado em diversos ocasiões por excesso de velocidade em regiões controladas. Isso atrasou muito Barreda, que chegou a liderar a classificação geral, antes de ficar para trás e ter um motor quebrado no sexto estágio, facilitado a vitória de Toby Price.
Para 2017, Barreda tem a obrigação de ser mais regular e a Honda mais confiável. Em entrevistas recentes, o espanhol disse que o objetivo dos últimos testes foi justamente fazer uma CRF450 Rally mais consistente. Se tudo isso se combinar, é forte candidato à vitória.
01 – Toby Price (KTM)
Quando a KTM “perdeu” Marc Coma, que decidiu se aposentar em 2015, parecia que ainda levaria algum tempo até eles encontrarem um substituto à altura. Mas a marca austríaca já tinha uma carta na manga: o veloz australiano Toby Price, então com apenas 28 anos.
Ao realizar apenas a sua segunda participação no Dakar e a primeira com apoio oficial de fábrica, Price não se deixou intimidar pelos experientes rivais e venceu a edição 2016 até com certa tranquilidade, se tornando o piloto mais jovem a atingir o feito entre as motos.
Por isso, Price é o favorito para repetir a dose em 2017, agora na condição de verdadeiro capitão da KTM. Essa também seria a décima sexta vitória consecutiva da marca de Mattighofen na competição. O australiano chega motivadíssimo, já tendo vencido, esse ano, os ralis de Abu Dhabi e Marrocos.