Novos desenhos de patente revelam que a Kawasaki irá apresentar em breve uma Ninja 1000 inteiramente revisada. O objetivo é deixar a sport-touring (e sua irmã naked) em conformidade com as novas normas antipoluentes e enfrentar a concorrência, que está crescendo.
Até alguns anos atrás, o gênero Sport-Touring parecia estar em declínio. A ideia de realizar longas viagens em uma motocicleta esportiva, carenada e confortável estava ficando de lado em detrimento à novas e sofisticadas Big Trails, que ofereciam muito mais versatilidade com uma potência não tão inferior assim.
Desde que foi lançada por aqui em 2012, a Ninja 1000 (chamada de Z1000SX na Europa) praticamente reinava sozinha em seu nicho. Mas, a chegada da Suzuki GSX-S1000F, da KTM 1290 Super Duke GT e o eminente lançamento da nova Ducati SuperSport 939 provavelmente lançou inquietação na Kawasaki.
Em uma matéria publicada hoje (14) o Motorcycle News revela um registro de patente da próxima geração da Ninja 1000, assim como ilustrações computadorizadas muito bem feitas indicando o quão avançado já está o projeto. A nova geração parece que terá muitas inovações, que a marca verde se apressou em registrar antes que as copiassem.
Em termos de design, as maiores mudanças se concentram na dianteira, que parece mais bicuda e provavelmente abrigará um par de faróis de LED semelhante ao da ZX-10R. Mais atrás, encontramos asas aerodinâmicas como as da H2R, porém menos salientes. A carenagem é completamente integral e nova, com entradas de ar posicionadas mais embaixo.
O assento, embora continue separado, parece maior e mais envolvente na nova geração. O espaço continua pequeno para o garupa e as (boas) alças da versão atual podem dar lugar a outras, mais discretas. Contudo, não há indicações de que o quadro em dupla trave de alumínio (assim como a balança) irão sofrer mudanças.
O mesmo pode-se dizer do motor. Embora o tetracilíndrico de 1043 cm³ derivado da ZX-10R (e da Z1000) ainda não esteja em conformidade com os regulamentos de emissões do Euro4 para 2017, a Kawasaki não deve ter dificuldades em enquadrá-lo, com um remapeamento da injeção e novos catalisadores. A potência deve permanecer entre 140 e 150 cv.
Na parte eletrônica, por outro lado, espera-se alguma evolução já que o modelo atual possui comandos básicos de ABS, controle de tração e modos de pilotagem. O painel, por exemplo, ainda não conta com um computador de bordo, como a irmã/rival Versys 1000 já tem. A introdução de uma central IMU, possibilitando suspensões ativas também não soaria algo absurdo.