A Yamaha venceu quase tudo em 2021, mas não o Rali Dakar. Por isso, a marca dos diapasões parte para a Arábia Saudita com motivação extra para conquistar um título que não vem desde os tempos de Stéphane Peterhansel nos anos 1990.
Naquela época, o mítico piloto francês conquistou nada menos do que seis títulos na categoria motos, em 1991, 1992, 1993, 1995, 1997 e 1998, antes de partir para a disputa com carros. O domínio da Yamaha também ficou por aí, substituído pela BMW, KTM e agora, Honda.
Mesmo assim, a Yamaha aposta na continuidade e tem no Dakar 2022 o time praticamente inalterado. Liderando a equipe, está o veloz holandês Adrien Van Beveren, que chega animado com o seu segundo lugar no Campeonato Mundial de Ralis Cross-Country de 2021.
“Todo o ano de 2021 foi ótimo para mim. Durante todo o campeonato tive uma estratégia sólida de ser consistente e minimizando erros“, disse Van Beveren. “Para evitar alguma pressão desnecessária, estou olhando para o Dakar como apenas outra corrida e uma continuação do meu progresso ao longo do ano passado. Com certeza é uma prova enorme que todos se concentram, mas eu levarei dia a dia, estágio por estágio, e aplicar a mesma mentalidade que me levou ao sucesso no Mundial deste ano.“
Na segunda motocicleta, estará Ross Branch. O sul-africano de 35 anos, que corre representando o pequeno país da Botsuana, na África Austral, realizou em 2021 a sua primeira temporada completa no Campeonato Mundial de Rali Cross-Country completando todas as etapas.
“Meu objetivo para a corrida é terminar cada estágio. Parece modesto, mas é uma corrida tão longa e selvagem onde tudo pode acontecer. Ficar sem problemas é importante e agora, com a minha experiência de corridas todo o ano em 2021, estou em um lugar muito bom mentalmente à frente do Dakar“, disse Branch. “Tenho uma grande equipe atrás de mim e tudo está no lugar para uma corrida de sucesso. Mal posso esperar para começar.“
Completando a trinca de pilotos está Andrew Short. O norte-americano de 39 anos estreou no Dakar em 2018 depois de uma carreira de sucesso no supercross e motocross dos EUA. Assim como os demais, ele espera completar o evento na base da regularidade e melhorar a sua posição de chegada, que é um sexto.
“Estou realmente ansioso para Dakar 2022. Para este eu quero superar o meu melhor resultado e para fazer isso é super importante terminar cada estágio com segurança“, disse Short. “A cada ano, pareço experimentar algum tipo de problema no início da corrida, então meu foco estará em completar a primeira semana sem quaisquer problemas importantes, então eu terei a opção de acolher as coisas na semana dois, se precisar. No geral, você nunca sabe como vai ser, mas eu vou estar fazendo tudo ao meu alcance para garantir o melhor resultado possível e não ter arrependimentos no final.“
A 44º edição do Rali Dakar começa no próximo sábado (1º) com o prólogo em Ha’il, na Arábia Saudita. Serão 12 estágios fisicamente exigentes, além de um dia de descanso para cobrir a distância de 8.375 quilômetros antes de chegar à Jeddah em 14 de janeiro.