A Michelin, fornecedora de pneus exclusiva da MotoGP, anuciou há poucos dias o fechamento de fábricas na França, depois de já ter confirmado o fim da produção em três fábricas alemãs. De que forma isso pode afetar a Categoria Rainha?
Mais de 1.000 funcionários serão demitidos nas plantas em Cholet e Vannes no oeste do país. A produção também será reduzida em outras cinco localidades francesas. Na Alemanha, conforme apurou o Speedweek, as fábricas em Carlsrue, Homburg e Tréveris devem cessar em 2025.
A razão para medidas tão drásticas é o aumento acentuado dos custos de energia, que estão a aumentar os custos de produção. O preço do gás natural industrial na Alemanha mais do que duplicou nos últimos anos devido à Guerra na Ucrânia. O principal fornecedor era a Rússia.
A elevada inflação de 5,9% na França (e na Europa) também foi cidada como um dos pilares da redução de custos. Boa parte dos centros de atendimento ao cliente da Michelin na Alemanha, Áustria e Suíça devem ser transferidos para a Polônia.
Fundada em 1889, a Michelin é uma das fabricantes de pneus mais prestigiadas do mundo. Ao todo, atualmente, o grupo possui 121 unidades de produção em 26 países. A multinacional emprega cerca de 132.500 pessoas em todo o mundo.
Na MotoGP, a Michelin sucedeu a Bridgestone em 2016 como fornecedora oficial e exclusiva de pneus para a MotoGP. O atual contrato expira-se em 2026. O impacto que estas medidas de austeridade terão no campeonato ainda são incertas, mas devem se refletir a médio prazo. Na Moto2 e Moto3, a fornecedora de pneus é a Pirelli.