A luta pela sobrevivência da KTM deu um grande passo a frente hoje (25) na reunião dos credores que aceitaram o seu plano de reestruturação. A produção deve ser reiniciada em março.
A aprovação faz parte do processo de reestruturação judicial que começou quando a KTM entrou em um período de “autoadministração” em 30 de novembro de 2024. O processo deu à marca 90 dias para estabelecer um plano com os credores — um prazo que ela agora cumpriu.
Os credores aprovaram um plano de reestruturação de € 548 milhões que veio de um amplo grupo de acionistas – ainda sigilosos. A chinesa CFMoto e a indiana Bajaj Auto provavelmente estão na lista, com relatos não confirmados sugerindo que a BMW também pode estar envolvida.
De acordo com os termos do acordo, os credores receberão 30% de suas reivindicações em um pagamento único em dinheiro. Para cumprir essa obrigação, a KTM deve depositar os € 548 milhões integrais com seu administrador de reestruturação até 23 de maio de 2025.
Esse financiamento será usado para reiniciar a produção a partir de meados de março, com a KTM pretendendo que suas quatro linhas de produção em Mattighofen, na Áustria, voltem à capacidade máxima dentro de três meses.
Havia cerca de 100 pessoas na sala do tribunal, incluindo o agora ex-CEO da KTM, Stefan Pierer. O veredicto demorou 5 horas para sair porque os credores queriam mais garantias de que seus investimentos seriam retornados até o final de maio.
O foco agora será vender os enormes estoques de motores já produzidos. Também foi indicado que o prioridade em termos de vendas e marketing será totalmente na marca KTM, com Husqvarna e GasGas claramente em segundo lugar.
Também espera-se que a produção seja transferida para países com mão de obra mais barata, como Índia e China, onde os co-acionistas Bajaj e CFMoto já assumiram anteriormente mais partes do processo de produção. Nada foi falado sobre a permanência ou saída da MotoGP.