A Curtis, lendária marca norte-americana, está de volta com uma nova organização e apresentou essa semana a Zeus, uma cruiser elétrica. O modelo possui motor da Zero Motorcycles e o chassi derivado das antigas Confederate.
Um dos maiores pioneiros industriais da história dos Estados Unidos, Glenn Curtis começou a se interessar por motociclismo no começo do século 20, desenhando e fabricando motores e motocicletas por conta própria.
É creditado a Curtis a criação do primeiro motor V-Twin, em 1902. Sua reputação como mago das preparações cresceu tanto que chegou a expandir seus negócios à aviação, se tornando uma lenda por lá também até a sua morte em 1930.
A Curtis Motorcycle Corporation, como a conhecemos hoje, foi criada apenas em 1991 sob as diretrizes de seu patrono inspirador. No ano passado, a empresa se fundiu com a conhecida Confederate Motors e tomou um novo rumo inovador: as motos elétricas.
A Zeus, que foi apresentada no California Motorcycle Show é o primeiro fruto dessa nova direção, com um quadro de alumínio usinado muito semelhante ao que já era visto nas Confederate, principalmente na parte dianteira, herdada da linha Fighter.
A suspensão foi providenciada pela marca Race Tech, com amortecedor único na dianteira e na traseira. Nos freios, uma interessante inovação: a roda inteira é um disco de carbono, mordidas por pinças de duplo rotor da Beringer.
O ponto mais polêmico, como não poderia deixar de ser, é o motor. Providenciado pela Zero Motorcycles, a Zeus conta, na verdade, com duas unidades motrizes que compartilham um eixo comum e são capazes de fornecer mais de 170 cv de potência e nada menos do que 40,09 kgf.m (!!) de torque.
A Zeus também não conta com um painel convencional. O que existe é uma plataforma para instalar o seu iPad, que se conecta aos sistemas da motocicleta. Apesar de possuir um farol redondo, a iluminação é toda composta por leds, na frente e atrás.
A Curtis espera disponibilizar a Zeus para venda em algum momento de 2020. Nenhuma palavra sobre preço foi dita até o momento, mas como você deve esperar, não será barata, tampouco acessível. Será esse o futuro elétrico que nos aguarda?