Em tempos de pandemia global, o quão irônico é o lançamento de uma motocicleta chamada…Vyrus? Pois foi o que essa pequena fabricante fez ao anunciar a chegada do modelo Alyen 988, uma monstruosidade exótica com motor Ducati.
Sediada em Coriano, na Itália, a Vyrus é uma marca assumidamente pequena e despretensiosa, cujo principal objetivo parece ser apenas a criação modelos exclusivos e chamativos a quem possa pagar por isso. A empresa já foi assunto aqui com o modelo 986 M2, de 2017.
Na nova Alyen 988, tudo gira em torno de um motor V-Twin a 90º, o “Ducati Superquadro”, de 1.285 cm³, o mesmo que era utilizado na 1199 Panigale, capaz de fornecer 205 cv de potência. O chassi é de magnésio, na configuração double-Omega. A balança traseira é monobraço e a suspensão dianteira do tipo Hub Center Steering, a mesma da Bimota Tesi.
As rodas de carbono Rotobox vem calçadas com pneus nas dimensões 120/70-17 na dianteira e 200/60-17 na traseira, enquanto que o poder de frenagem é garantido com pinças da série Brembo GP4. O comando de direção, alojado no cubo é acionado hidraulicamente.
Mas o que realmente se destaca na Alyen 988 é o seu design. Toda em fibra de carbono, a carroceria contém aletas de radiador generosas, um spoiler de motor protuberante, protetores de mãos salientes. O escapamento, tão afiado quanto uma navalha, tem dupla função atuando também como um para-lama.
Vista de lado, a moto realmente parece uma criatura de outro mundo prestes a atacar sua presa. As semelhanças com o alienígena da franquia Alien (1979) ficam evidentes. Uma visão polarizadora, sem dúvida, mas nada que incomode os seus potenciais compradores.
A Vyrus atua em um nicho restritíssimo concorrendo com outras excentricidades como a Lazareth LM 410 e a própria Bimota Tesi H2. Talvez por isso a marca não tenha dado qualquer informação sobre preços, quantidade e disponibilidade.