Com apenas 15 anos de idade, Felipe Macan já passou por problemas de gente grande, como uma cirurgia complicada no coração. O jovem, no entanto conseguiu driblar as adversidades e voltar às pistas do Superbike Brasil, onde mantém o foco para o futuro em competições no exterior.
Nascido em Campinas, mas morando atualmente em Vinhedo (SP), Felipe Macan gosta de motos desde pequeno quando via o pai, o ex-piloto Rodrigo Macan nas pistas. Em 2016 fez sua estreia no SuperBike Brasil, na categoria escola Honda Junior Cup, garantindo o terceiro lugar na classificação geral.
Em 2017, Macan se preparou para subir de categoria, saindo das 125cc para a competitiva Yamalube R3 Cup. O começo do ano parecia promissor, já que na terceira etapa garantiu um terceiro lugar. Porém, após uma consulta médica de rotina, Felipe foi diagnosticado com problemas no coração.
Em uma visita ao cardiologista, foi detectado que a parede de seu coração estava aberta, o que fazia com que muito sangue fosse para os pulmões. Não tendo medicação para isso, a única solução era a cirurgia, situação que o deixou afastado das pistas pelo resto do ano.
Mesmo com as enormes adversidades, Macan nunca pensou em desistir. “Fiquei bem triste e preocupado com o diagnostico. Minha família ficou bem apreensiva“, comenta Macan. “Passei pela cirurgia e foi um sucesso. Minha vontade de retornar as pistas foi sempre um gás para passar por tudo isso”, garante.
Após a liberação médica, Felipe retornou aos treinos físicos e preparação para a temporada 2018, onde foi selecionado para integrar o time de dez pilotos da Yamalube R3 Cup, na categoria Stock. Macan conta com subsídio da Yamaha e apoio de grandes nomes, como o multicampeão de motovelocidade Alan Douglas.
Hoje, Macan treina cinco vezes por semana com o personal trainer Dave Elias Godinho, além de cuidar da alimentação com a orientação da mãe Alessandra Macan, que também é nutricionista. Todo o final de semana treina de moto na Fazenda Capuava, no interior de São Paulo.
Seu ídolo é internacional é Valentino Rossi, porque “é um piloto humilde, pilota muito e é focado em seus objetivos“, aponta Macan. Porém, quem sempre o incentivou a ir às pistas foi seu pai, o agora comerciante Rodrigo Macan. “Meu conselho é ter foco em tudo e, por mais difícil que seja nunca desista e se você tem um sonho vá atrás”, finaliza Felipe.
O ano de 2018 será de forte de treinamento para que Macan alce voos mais altos em competições internacionais. Seu objetivo para 2019 é figurar entre os destaques que pilotam fora do país, como Eliton Kawakami e Bruno Cesar Borges, que recentemente foram selecionados para treinar com Rossi em seu rancho.