Parceira da KTM, a Husqvarna também participa do Rali Dakar com a mesma determinação, tanto que chegou em segundo lugar em 2020. Na edição 2021, a marca sueca pretende subir apenas um degrau no pódio.
A grande esperança para que isso aconteça é o seu primeiro piloto, Pablo Quintanilla. Duas vezes campeão de Rally Cross Country, o chileno de 34 anos se estabeleceu nos últimos anos como um dos principais nomes do Dakar, com quatro estágios vencidos.
Em 2019, Quintanilla esteve muito próximo do título, quando se acidentou feio nos últimos estágios. Em 2020, novamente estava em segundo, mas não conseguiu superar a regularidade do norte-americano Ricky Brabec, da Honda.
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A pandemia afastou Quintanilla das competições e também não pôde competir no Rally da Andaluzia, devido a uma cirurgia para remover placas e parafusos da perna após o acidente no Dakar 2019. Em 2021 o chileno chega na sua melhor forma física em anos.
“O Dakar é uma prova de resistência física e mental, tens que encontrar esta união e mantê-la até ao fim. Devido à pandemia não corremos esse ano e não tivemos muito tempo para treinar com a equipe. Mantive minha condição física em casa e tentei me concentrar em energias positivas, esperando passar a parte mais crítica da quarentena no Chile“, contou. “Mais tarde, quando estávamos mais ou menos de volta ao normal, meu médico decidiu realizar uma nova operação e agora estou em ótima forma.“
Quintanilla, no entanto, terá um novo companheiro de equipe. Saiu Andrew Short (que foi para a Yamaha) e entrou o argentino Luciano Benavides, irmão mais novo de Kevin Benavides (da Honda) e que estava na KTM, nos últimos anos. A contratação foi anunciada ainda em março de 2020.
“O último Dakar foi mesmo o meu melhor até agora. Terminei em 6º, fui o melhor argentino e isso me deu muita confiança“, disse Benavides. “A mudança para a Husqvarna é positiva porque, assim como Quintanilla, sinto que sou um pouco mais o líder da equipe. Embora façamos parte da mesma empresa [com a KTM], a Husqvarna nunca ganhou o Dakar e é como se houvesse motivação adicional para vencer e melhorar. O objetivo é continuar a melhorar e almejar um resultado nos cinco primeiros seria uma coisa muito boa.”
“Estamos muito contentes por ter Luciano se juntando a nossa equipe. Ao longo das últimas duas temporadas ele melhorou consideravelmente e além de ser o atual campeão mundial de Ralis Cross-Country Júnior da FIM, ele também está entre os melhores pilotos de rally“, comentou o chefe da Husqvarna, Pela Renet. “Luciano tem uma cabeça sábia e amigável sobre os ombros e está extremamente motivado. Esperamos que juntos ele continue a aprender e crescer como atleta.“
Com relação à motocicleta, as alterações da Husqvarna nas suas FR 450 Rally para o Dakar 2021 são apenas nos detalhes. Elas compartilham o mesmo motor das KTM 450 Rally e tudo leva a crer que continuarão a ocupar os primeiros lugares da competição, quando as atividades começarem na Arábia Saudita em 2 de janeiro.
