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Como eles chegaram lá? Entenda o sucesso da Aprilia na MotoGP

Lucas Carioli 5 de setembro de 2023

De patinho feito alguns anos atrás para se tornar a única fabricante a conseguir desafiar o domínio da Ducati, entenda o que a Aprilia fez para se tornar uma moto competitiva na MotoGP.

Para aqueles familiarizados com a MotoGP e com o motociclismo em geral, a Aprilia é uma velha conhecida. Embora inexplicavelmente não tenha presença no Brasil, a marca de Noale, que pertence ao Grupo Piaggio, é sinônimo de moto esportiva. E das boas.

Mesmo no Mundial de Motociclismo, a Aprilia não é uma novata. Seu aparecimento nas pistas aconteceu em 1987 e as primeiras vitórias não demoraram a surgir. Depois de dominar nas 125cc e 250cc, os italianos ingressaram na classe principal e a gente conta melhor essa história aqui.

Mas a trajetória atual da Aprilia tem início em 2014. Depois do primeiro fracasso na MotoGP, os italianos se voltaram para o “mais fácil” Mundial de Superbike. A redenção veio com Max Biaggi, campeão em 2010 e 2012 e com Sylvain Guintoli em 2014.

Após essa temporada, a diretoria da empresa achou que era hora de acertar as contas com a MotoGP. O momento era bom. O mundo havia se recuperado financeiramente da crise de 2008 e a Dorna incentivava a entrada de novos fabricantes com um novo conjunto de regras favoráveis.

Marco Melandri em 2015.

Eles desenvolveram uma nova motocicleta, a RS-GP, que trazia como conceito, um motor de quatro cilindros em V inclinados a 75º, como era a RSV4, de produção. Para ganhar know how, eles estabeleceram uma associação com Fausto Gresini criando, assim, a “Aprilia Racing Gresini”.

Os pilotos eram Alvaro Bautista, da Gresini, e Marco Melandri, experiente piloto italiano com diversas passagens pela MotoGP. Naquele momento, ele vinha com a Aprilia do WorldSBK, com a mesma motivação de um funcionário do INSS a beira da aposentadoria.

Animada, a Aprilia decidiu antecipar o retorno à MotoGP de 2016 para 2015. Mas os resultados foram desastrosos. A RS-GP ainda não estava pronta e Bautista e Melandri se arrastaram nas pistas o ano todo. O italiano, inclusive, jogou a toalha na metade da temporada.

Em 2016, a Aprilia contratou os serviços do então promissor Stefan Bradl para correr ao lado de Bautista. Mas outro ano difícil se seguiu, com três sétimos lugares como melhores resultados. Enquanto isso, a Suzuki, que voltara na mesma época, vencia sua primeira corrida, com Maverick Viñales.

Aleix Espargaró vestiu a camisa da marca em 2017.

O primeiro turning point para a Aprilia veio em 2017 com a contratação de Aleix Espargaró. O espanhol vinha diretamente da aclamada Suzuki. Ao seu lado, eles colocaram Sam Lowes, um dos mais velozes, empolgantes e imprevisíveis pilotos da Moto2.

Todos esperavam que Lowes dominasse facilmente Espargaró e se estabelecesse na Aprilia. Mas o que se viu foi o contrário. O britânico não conseguiu nada e saiu da Categoria Rainha timidamente no final do ano, enquanto o espanhol marcou dois sextos lugares e 62 pontos.

Outro britânico foi contratado para 2018, Scott Redding, vice-campeão na Moto2 em 2013. Espargaró também o dominou facilmente, embora os resultados teimassem em não vir: foram muitas quedas, motores quebrados e reclamações do espanhol, que acabou se tornando o líder da equipe.

Para 2019, mais mudanças foram feitas. A primeira delas foi despachar Redding e trazer a estrela Andrea Iannone, também vindo de duas temporadas infelizes na Suzuki. Além disso, Romano Albesiano cedia seu posto de diretor geral para Massimo Rivola, da Fórmula 1.

Iannone apontou os erros da Aprilia em 2019.

A chegada de Rivola e Iannone marca o segundo ponto de virada para a Aprilia. Como vinham de outras áreas, eles rapidamente apontaram os erros da equipe, especialmente o piloto, com passagens pela Ducati e Suzuki: “Aleix se acostumou com a moto e não vê tantos problemas“, disse na época.

Surpreendentemente, Espargaró concordou: “Andrea introduziu muitas novas ideias e trouxe um monte de informações da Suzuki e Ducati. Por exemplo, ele diz que eu piloto praticamente sem controle de tração, porque com ele a aceleração é muito ruim, mas esse não é o caminho certo.”

Eles, portanto, trataram de colocar a Aprilia no caminho certo. Isso significou fazer uma motocicleta nova. A RS-GP de 2020 era totalmente diferente, com o motor V4 em uma angulação de 90º, como a Ducati. Chassi e braço oscilante eram de carbono. A aerodinâmica era trabalhadíssima.

Basicamente a Aprilia percebeu que a Ducati tinha as respostas para vencer na MotoGP atual: um motor fortíssimo, um grande grip aerodinâmico para manter a moto estável em altas velocidades, e também mecânico, conseguido através do holeshot e dispositivos de altura da suspensão.

Além disso, a Aprilia deixou o orgulho de lado. Historicamente, a marca sempre utiliza motores em V com angulação fechada para torná-los mais compactos. Nas RSV4, a inclinação dos cilindros é de 60º. Eles mantinham um ângulo de 72º em seus motores de MotoGP desde 2016.

“Um ângulo de 90º é a solução perfeita, porque oferece a oportunidade de tornar ideal toda a área de admissão“, disse na época o engenheiro Jan Witteveen. “Em 1ª lugar, você pode fazer ótimos dutos de admissão; segundo, você pode obter uma caixa de ar com maior volume e o motor ‘enche’ mais.”

Infelizmente, Iannone nunca chegaria a pilotar a moto, já que teve a sua licença de pilotagem suspensa pela FIM em dezembro de 2019. “Estou orgulhoso de todo o trabalho realizado pela Aprilia e pela fábrica. Quando conversei com Espargaró e [Bradley] Smith, eles me disseram que a motocicleta é muito boa, que melhorou muito, estou feliz pelo trabalho deles“, disse na época.

Iannone seria substituído por Maverick Vinãles, grande amigo de Espargaró e que também tinha contas a acertar, principalmente com sua ex-equipe, Yamaha. Com todos entrosados e motivados, o resultado é o que vimos no último domingo, a primeira dobradinha da marca na MotoGP. Vem mais por aí?

Tags: Marco Melandri Massimo Rivola MotoGP Romano Albesiano

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