Essa semana, a Honda anunciou que vai trazer as novas CBR 1000RR-R Fireblade, África Twin 1100 e o recém-lançado Forza 350 ao Brasil em 2021. As duas primeiras você já conhece bem, mas e esse scooter? Leia mais sobre ele aqui.
Embora desconhecida no país, as origens da série Forza remontam a 2001, com a introdução do modelo NSS 250 “Reflex” nos EUA e Canadá, o que durou até 2008. Por volta de 2014, o nome código do modelo evoluiu para NSS 300 devido aos 30cc extras transformando-se no Forza 300, nome utilizado na Europa.
Ao contrário dos scooters que conhecemos, a série Forza é inspirada pela esportividade. O design é agressivo e o motor forte o suficiente para justificar o nome e não fazer feio no trânsito. O Forza 300 vinha equipado com o mesmo propulsor do SH300i, ou seja, um monocilíndrico de 279 cm³ com 4 válvulas e refrigeração líquida, que rendia 25,9 cv a 7.500 rpm.
Com ares de maxiscooter, o Forza 300 vinha com um abrangente painel de quatro medidores analógicos ao redor de uma tela LCD central. Um generoso para-brisa oferecia proteção contra o vento impressionante para a categoria. O assento em dois níveis tinha um grande encosto integrado para o condutor estimulando pegar a estrada. Sob o assento, espaço para dois capacetes.
Bem, mas e o atual Forza 350? Como você pode presumir, trata-se de uma evolução do Forza 300 motivada pelas novas leis de emissões do Euro5. O diâmetro e o curso foram esticados mais uma vez, fazendo o motor crescer de 279 cm³ para 330 cm³. Além disso, eles adicionaram um virabrequim 10% mais leve, corpos de borboleta maiores (36 mm de 34 mm), válvulas de admissão de maior diâmetro e entradas revisadas de admissão e exaustão.
O trabalho fez com que o motor aumentasse os números de desempenho ao mesmo tempo em que obedece a legislação ambiental e não acrescenta mais peso. Agora são 29 cv a 7.000 rpm e 3,2 kgf.m a 5.750 giros, o que fez a velocidade máxima subir para 137 km/h, ou 8 km/h a mais. Partindo da imobilidade, o scooter percorre 200 metros em 10,4s ou 0s7 mais rápido que o seu antecessor, de acordo com a Honda.
É um desempenho considerável para o cidadão comum, por isso o Forza 350 vem com controle de tração, o que na Honda é chamado de “Controle de Torque Selecionável” (HSTC). Não é ajustável, mas pode ser desligado no lado esquerdo do guidão. O para-brisa foi redesenhado e agora pode ser ajustado eletricamente em 180 milímetros (+ 40 mm).
A tecnologia LED é a palavra mágica para toda a nova iluminação. Os piscas agora vem com uma função de freio de emergência, que piscam quando o scooter tomba. O compartimento do assento (a 780 mm do solo) pode ser dividido e acomoda dois capacetes integrais. No porta-luvas frontal, uma tomada USB foi adicionada. Opcionalmente o scooter pode parear-se com seu smartphone via Bluetooth, então os comandos por voz também entram em vigor.
A chave é do tipo presencial (Smart Key) e controla tanto o interruptor principal para a ignição quanto o travamento do assento e o top case de 45 litros. Com ela no bolso, a tampa superior destrava e trava automaticamente quando o condutor sai do scooter. Naturalmente, para não dar chance ao azar, o baú também pode ser fechado com a chave.
Nas concessionárias da Europa, o Forza 350 será oferecido em cinco cores: preto perolizado, branco perolizado, cinza metálico (já existentes no catálogo), além das novas cinza perolizado e azul perolizado. A linha ainda conta com versões de 150cc e a inédita 750cc. Em um dos segmentos mais antigos do mercado, em que a concorrência joga pesadíssimo, a Honda não brinca em serviço.
No Brasil, os scooters ainda lutam para se afastar da imagem de “veículo para quem não sabe dirigir”, talvez uma herança das nossas cinquentinhas. Mas o panorama começou a mudar com a introdução do PCX 150 e pode dar o próximo passo com o Forza 350. A novidade chega para substituir o SH300i, que já está com descontos nos revendedores. Preço e disponibilidade ainda são uma incógnita.