A Comissão Disciplinar Internacional divulgou hoje (01) o veredicto sobre o caso de Andrea Iannone. O piloto italiano está suspenso de qualquer atividade esportiva chancelada pela FIM por 18 meses, acusado de doping.
Iannone teve a sua licença de pilotagem suspensa no dia 17 de dezembro, quando o resultado de um teste antidoping realizado logo após o GP da Malásia deu positivo para a presença de anabolizantes na urina do piloto da Aprilia.
Iannone e seus representantes solicitaram uma segunda análise, que confirmou os resultados. Eles então partiram para a Comissão Disciplinar Internacional (CDI), para discutir o assunto em júri com representantes da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
Na audiência realizada na Suíça em 4 de fevereiro (antes da pandemia de coronavírus), Iannone e seus representantes apresentaram, como prova, amostras de cabelo, que demonstravam a ausência de anabolizantes. Eles argumentam que o piloto de 30 anos possa ter ingerido a substância proibida em alimentos consumidos na Ásia.
No veredicto apresentado hoje, a Comissão afirma entender que essa contaminação possa realmente ter tido origem no consumo de alimentos, mas ainda considera Iannone culpado por não ter verificado antes quais eram as substâncias proibidas pela WADA, a Agência Internacional Antidopagem, disponíveis online para qualquer consulta.
De acordo com a imprensa espanhola, o Ministério Público solicitou até quatro anos de suspensão para Iannone, mas a Comissão considerou a contaminação de alimentos como um fator atenuante e decidiu reduzir a sentença para 18 meses.
Com sua suspensão já em andamento desde o dia 17 de dezembro, Iannone não poderá participar de nenhuma competição chancelada pela FIM até 16 de junho de 2021. O italiano ainda pode tentar anular a suspensão apelando para o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o que seu advogado, Antonio De Rensis já disse que será feito.