A Lightning apresentou hoje (29) a Strike, uma nova superbike elétrica carenada, que promete conquistar o motociclista convencional com sua aparência convincente e preço atraente.
O modelo é impulsionado por um motor elétrico com refrigeração líquida capaz de produzir cerca de 88 cv e impressionantes 24,8 kgf.m de torque. Apenas como comparação, a Ducati Panigale V4 R produz em torno de 17 kgf.m, o que já é muitíssimo.
Para alimentar essa unidade elétrica, existe uma bateria de 10 kWh alimentada por um carregador de 3,3 kW projetado para funcionar em estações de carga públicas, mas também no conforto do lar durante a noite, por exemplo.
Mesmo assim, a Lightning Strike pesa apenas 206 kg e a autonomia fica entre 110 e 160 quilômetros dependendo de sua voracidade no acelerador. Os engenheiros conseguiram isso refinando a aerodinâmica do modelo ao máximo reduzindo em 30% o arrasto.
Ao contrário do que normalmente se vê em uma moto elétrica, a Lightning fez o possível para deixar a Strike com uma aparência tão convencional quanto o possível. O design lembra uma supersport média, como a Triumph Daytona 675, por exemplo.
Na ciclística, a Strike monta peças muito bem conhecidas por nós, como bengalas invertidas Öhlins (o amortecedor traseiro é a gás) e pinças de freio Brembo. Os pneus são Pirelli Diablo Supercorsa, praticamente lisos.
O melhor de tudo, por incrível que pareça, é o preço. A Lightning parece disposta em popularizar o modelo, por isso anunciou que a Strike será comercializada nos Estados Unidos por US$ 12.998 (R$ 50.822), o equivalente a uma naked média, por lá.
Haverá ainda duas outras versões: a “Strike Mid” (US$ 16.998), com bateria de 15kWh e alcance de até 240 km; e a “Carbon Edition” (US$ 19.998), com bateria de 20kWh e carregador de 6,6kWh nível 3 que proporciona uma autonomia de 320 km e recarga de 100% em apenas 20 minutos. Ambas, contudo, são mais pesadas que o modelo padrão.
A Lightning Motorcycles está em ação desde 2009 com o modelo LS-218, mas essa é a primeira vez que a marca se mostra disposta a popularizar de fato seus produtos. A Strike deve rivalizar com a igualmente inédita Zero SR/F, que embora não seja carenada e mais cara (a partir de US$ 18.995) também compartilha a mesma proposta de atrair o motociclista convencional para o universo elétrico.