Pelo segundo ano consecutivo, o Chile retirou sua participação no Rali Dakar devido a motivos ambientais. Os organizadores do evento agora estudam a inclusão de outros países (como o Brasil) na rota de 2017 ou até uma eventual saída da América do Sul.
A decisão veio da Câmara dos Deputados chilena, que não conseguiu obter a maioria de votos necessária. Foram 42 votos a favor, 37 contra e 17 abstenções. Muitos deputados concluíram que o impacto ambiental no território foi grande demais, optando por não participarem.
Essa notícia é um golpe duro para a ASO (Amaury Sport Organization), entidade que regula e promove o Rali Dakar, que contava como certa a volta do Chile à rota de 2017. Vale lembra que o evento desse ano já havia tido apenas a participação da Argentina (80% do percurso) e da Bolívia.
A ASO agora busca negociações com outros países. Notícias vindas da Argentina apontam que a entidade já estaria próxima de um acordo com os governos de Uruguai e Paraguai. Segundo o Asphalt and Rubber, até o Brasil mostrou interesse em integrar a rota de 2017.
Mas o fato é que as pressões ambientais estão afugentando o Rali Dakar da América do Sul. A ASO não descarta uma saída do continente. Uma volta a África, porém parece improvável, devido aos intermináveis conflitos sociais lá existentes. O futuro do maior rali cross country do mundo é incerto.