Os dirigentes do World Superbike estão pensando em retirar o polêmico sistema de grid de largada invertido, introduzido para essa temporada. A regra falhou em seu objetivo principal, que era trazer equilíbrio à categoria.
O sistema obriga os três primeiros colocados da primeira bateria no sábado a largarem a partir da terceira fila no domingo. Enquanto isso, aqueles que chegam em quarto, quinto e sexto são elevados à primeira fila e os que finalizaram em sétimo, oitavo e nono para a segunda fileira.
Além de complicado para os espectadores, o formato não foi bem sucedido, já que o campeonato continua a ser dominado por apenas quatro pilotos: Jonathan Rea, Tom Sykes, Chaz Davies e Marco Melandri, da Kawasaki e Ducati. A Dorna esperava que a regra ajudasse as demais equipes a vencerem corridas.
Além disso, o sistema também não proporcionou corridas mais disputadas, pelo contrário. Ocupados em realizar ultrapassagens, os pilotos principais muitas vezes chegam atrasado às primeiras posições sem ter tempo de lutar pela vitória, mesmo com ritmo para isso. Foi o que aconteceu no Grande Prêmio da Inglaterra, dominado por Rea e Sykes.
A questão da competitividade – ou a falta dela – tem sido o assunto do momento no World Superbike. Preocupados em aumentar o interesse pela categoria, os chefes da Dorna, Carmelo Ezpeleta e Xavier Alonso tem tentado de tudo para tornar o campeonato mais atrativo aos fãs.
Além do sistema de grid invertido, eles também conversaram com os pilotos a fim de aumentar a rivalidade entre eles como acontece na MotoGP. A última proposta foi introduzir uma centralina eletrônica padronizada, o que vem sendo muito contestada por equipes e pilotos.