Em uma entrevista recente, o diretor geral da equipe Yamaha de MotoGP, Lin Jarvis comentou sobre a situação atual da Categoria Rainha e deu dicas sobre os porquês deles terem ficado tão para trás.
O britânico tem uma resposta simples sobre por que a Ducati tão dominante: “Eles tem uma moto potente e estão dispostos a alugá-la. A Ducati foi muito boa a ler as entrelinhas das regras. Com as regras de hoje e a sprint, eles têm muitos dados“, explicou.
Graças aos computadores modernos e às opções de avaliação, sua vantagem [na obtenção de dados comparativos] é muito grande“, continuou. “Oito Ducatis são demais. Seis seriam suficientes. Ninguém quer uma Ducati Cup. Até a Dorna prefere ter quatro motos de cada fabricante no grid.”
Segundo Jarvis, para que outros fabricantes entrem na MotoGP, são necessários regulamentos técnicos revistos, mas eles estão congelados até 2026: “O nosso foco está nas novas regras para 2027, mas antes disso temos de olhar em 2024 e 2025. As regras devem ser iguais para todos e garantir corridas apertadas sem custos exorbitantes e motivar outros fabricantes a entrar na categoria.”
E quais fabricantes poderiam entrar? “A BMW fala sobre isso há muitos anos, mas não tem intenção de realmente se envolver. A KTM é um bom exemplo, pois descobriu que o esporte é a melhor maneira de entrar no mercado global. Talvez o Triumph ainda seja uma opção. Mas primeiro temos que manter os fabricantes atuais aqui“, opina Jarvis.
Um dos focos da Yamaha para os próximos anos é garantir uma nova equipe satélite no grid para o compartilhamento de dados, após perder a Tech3 para a KTM e a RNF para a Aprilia. Jarvis já iniciou conversas com a VR46, mas reconhece que primeiro é preciso melhorar a moto. “Devemos primeiro provar nossa competitividade em 2025“, afirmou.