O diretor da Honda na MotoGP, Alberto Puig preferiu não avaliar o desempenho da equipe na temporada 2020, já que não contaram com seu principal piloto, Marc Márquez. O dirigente também comentou o desempenho de seu irmão Alex e dos demais pilotos da marca.
Puig, que também foi piloto e competiu no Campeonato Mundial entre 1987 e 1997 (venceu o GP da Espanha de 1995), deu uma entrevista ao site da MotoGP onde falou da equipe, dos irmãos Márquez e os demais pilotos da Honda.
“É impossível qualificar a nossa temporada porque perdemos um dos nossos melhores pilotos, seria uma espécie de meia qualificação, por isso não o quero“, disse Puig. “Obviamente não é bom, quando você não tem um dos seus melhores pilotos, a classificação não será muito alta“, admite.
“Não será [um ano] para recordar. Acima de tudo essa história da pandemia que condicionou não apenas a nossa equipe, mas todas as pessoas do paddock, a forma como trabalham, etc. Fora isso, que tem sido o mais estranho, no início do ano perdemos um dos nossos pilotos e isso afetou completamente o nosso programa“, continuou. “Passamos de possíveis vitoriosos a quase impossível de vencer, porque com os pilotos que temos, com um estreante na equipe, isso não ia acontecer. Tem sido um ano realmente estranho para toda a MotoGP, especialmente no caso da Honda, que não teve a chance de ter Marc e não ganhar o título este ano.“
Mesmo assim, Puig fez questão de elogiar a evolução de Alex Márquez: “Acho que Alex, como novato, fez um trabalho muito bom. No meio do ano, de repente ele deu um passo à frente e começou a ir super rápido, lutando com os caras do topo. Do meu ponto de vista e da Honda, ele deu um grande passo em frente, possivelmente maior do que o esperado para mim, por isso estamos muito felizes com o progresso dele“, garante.
Puig também elogiou Takaaki Nakagami, considerado o principal piloto da Honda na ausência de Márquez: “também deu um bom passo em frente, mostrou que pode estar com os pilotos de topo, tem estado na linha da frente, tem sido uma boa temporada para ele também. Cal [Crutchlow] teve seus altos e baixos, mas é sempre uma ajuda quando se trata de entender muitas coisas sobre a moto em um momento em que Marc não está aqui.“
O substituto de Márquez, Stefan Bradl, também foi reconhecido por Puig: “Ele deveria ser nosso piloto de testes e no final foi nosso piloto, ele teve que ir de zero a cem em questão de dois meses“, explica. “E depois de dar muitas voltas neste ano vimos que ele tem a velocidade e ele entendeu que se passar mais tempo na moto, é rápido e isso é muito bom para nós“, dando a entender que o alemão é o favorito para continuar em 2021.