O chefe da equipe HRC Alberto Puig comentou sobre os últimos acontecimentos envolvendo a sua equipe de MotoGP, como a saída de Dani Pedrosa. O dirigente disse que o piloto pode continuar na marca em uma função secundária, como piloto de testes.
Puig conversou com a imprensa alemã no Grande Prêmio da Alemanha, realizado no último final de semana, em Sachsenring. O espanhol confessou que a Honda estava buscando novidades e agarrou a oportunidade com Jorge Lorenzo assim que se tornou disponível.
“Queríamos olhar para outras opções depois de 12 anos“, disse Puig ao Speedweek. “Lorenzo é pentacampeão do mundo, então era uma opção interessante. Queremos ver nossa moto com outro piloto. Ele ficou disponível e tentamos pegá-lo. Eu não sei o que a Ducati pensou e não me importo. Nós não estamos interessados. Havia uma possibilidade e nós a usamos”, continuou.
Puig, que foi piloto nas 500cc durante a década de 1990 e chegou a vencer uma corrida (o GP da Espanha de 1995) foi o mentor de Pedrosa durante seus primeiros anos na Honda, antes de se separarem de forma amarga. Apesar disso, o atual líder da HRC fez elogios ao seu ex-protegido sinalizando que as portas da marca seguem abertas.
“Dani teve uma carreira muito boa. Ele deixa a MotoGP depois de muitos sucessos, é um dos pilotos com mais vitórias apesar de ser um cara pequeno em uma máquina grande, isso deve ser destacado”, continuou Puig. “Conversamos sobre ele permanecer conosco, porque isso é sempre interessante. Ele conhece a opinião da Honda, então, se quiser testar coisas novas, porque é a sua vida, nós respeitamos suas escolhas, então cabe a ele ficar com a Honda e se tornar um piloto de testes”, apontou.
E sobre o futuro com Lorenzo? “Acreditamos que ele tem potencial para alcançar bons resultados. É por isso que esperamos que ele atinja esse nível e lute pela vitória“, espera Puig antes de ressaltar: “Mas é claro que você nunca sabe como um piloto se adaptará a uma moto. Demorou algum tempo para ele se habituar à Ducati, mas depois ganhou duas corridas seguidas. Esperamos que ele seja rápido. Quão rápido, nós não sabemos. Quando ele será, também não. Mas com o seu potencial, ele não vem apenas para estar na pista“, garante.
Apesar do que muitos chegaram a pensar Marc Márquez não teve papel ativo na decisão sobre seu companheiro de equipe. “Claro que informamos Marc. E ele respondeu da maneira que esperávamos dele”, respondeu Puig de forma enigmática sobre o assunto.