A Ducati está no melhor momento financeiro de sua história, mas isso não parece ser suficiente para o Grupo Volkswagen, que ainda não descarta a possibilidade de vender ou mudar completamente a abordagem com a marca italiana.
De acordo com declarações do novo CEO da Volkswagen Herbert Diess, a permanência da Ducati no portfólio do Grupo não está garantida apenas mantendo-se com saldos positivos anuais. A montadora teria que começar a criar subsidiárias para si mesmas.
“Temos que ver qual é a melhor propriedade para a Ducati“, disse Diess à agência de notícias Bloomberg. “Ou encontramos um caminho que proporcione algum crescimento, provavelmente algumas marcas adicionais ou temos que procurar novos donos, eu não excluiria isso”, acrescentou.
Aparentemente, a estratégia comercial de Diess é de que a Ducati constitua uma família própria de marcas sobre sua gerência. O Grupo Volkswagen já faz isso através da Audi, a responsável direta por seu controle financeiro dos italianos.
A KTM tem uma estratégia semelhante com a Husqvarna, que hoje recebe os mesmos motores e ferramental da marca líder, oferecendo motocicletas premium com estilos que fogem um pouco do que os austríacos estão acostumados.
Recentemente a MV Agusta também anunciou estratégia semelhante com a Cagiva, que ficará responsável por oferecer modelos elétricos e off-road, nichos de mercado onde a firma principal não é cogitada.
Adquirida pelo Grupo Volkswagen em 2012, a venda da Ducati é assunto desde o escândalo “Dieselgate” de 2015. A possibilidade estava esquecida desde que o Conselho Administrativo optou por mantê-la no ano passado, mas voltou à tona agora com a chegada de Diess, empresário conhecido por estratégias comerciais agressivas.