
Em uma entrevista concedida ao Motociclismo.it, Sardarov comentou diversos assuntos, como as recentes notícias de que a MV Agusta produzirá motocicletas de 350cc na China. O executivo quer movimentar o segmento de baixo deslocamento que, na sua visão, não tem modelos interessantes.
“Nossa parceria com a Loncin é do mesmo tipo que a KTM tem com Bajaj ou BMW com TVS. Para nós, o mercado 350cc é muito importante: hoje, com exceção da KTM Duke, este segmento não oferece nada empolgante, apenas economia de custos“, opina Sardarov. “Queremos produzir motocicletas bonitas, projetadas pela MV Agusta, mas produzidas na Ásia“.
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Apesar do entusiasmo, também existem muitas desconfianças de que a qualidade das MV Agusta produzidas na China não será a mesma da sede da marca na Itália. Um preconceito que Sardarov garante que não acontecerá.
“Não nos tornamos chineses, não há acionistas chineses. Eles são apenas fornecedores. A Loncin é a mesma que fabrica vários motores para a BMW e suas 400 scooters, que estão entre as melhores do segmento“, revela o empresário. “Temos controle total da cadeia de fornecedores. Somos nós quem indicamos quais empresas usar. Faremos um bicilíndrico de 350cc com a mesma filosofia de todos os nossos motores“, assegura.
<p style="text-align: justify;">Para os próximos anos, os objetivos são ambiciosos. Sardarov garante que a MV Agusta expandirá consideravelmente a sua produção de 3.500 unidades anuais para 25.000 motocicletas em cinco anos, com a ajuda da Loncin.“Em 2019 mantivemos a produção deliberadamente baixa para entender bem em que a empresa se baseia: revendedores, fornecedores, clientes. Esse ano será um pouco mais e deve dobrar no ano que vem. A capacidade da fábrica [da Loncin] é de 17.000 a 20.000 motocicletas por ano, sem expansão. Agora, estamos trabalhando em uma nova 950cc. E outras novidades virão, como um modelo Adventure“, revelou.
Até o momento, a única opção próxima de uma Adventure oferecida pela MV Agusta é a Turismo Veloce 800, crossover baseada na Brutale 800 oferecida desde 2015. Antes da chegada de Sardarov, a marca atravessou uma grave crise financeira entre 2016 e 2017.
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